segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Distanciar ou aproximar...



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Por conta da própria natureza humana, uma das grandes lutas travadas em todos os tempos foi a de encurtar distâncias. Referida empreitada, além dos aspectos econômicos,  foi é e continuará sendo decisiva no mundo dos relacionamentos. Inúmeros são os meios criados para aproximar,  seja no aspecto físico, (carros, aviões, navios, trens), seja no visual, auditivo,  (rádio, telefone, televisão,  computador, redes sociais).  Em que pese os decisivos mecanismos,  parece que ao invés de aproximar,  cada vez mais, aumenta  a distância entre os seres humanos. Como viviam no passado? Quais vínculos forças uniam?  Uma singela reflexão permitirá concluir que aproximar ou distanciar uns dos outros não depende, exclusivamente,  dos mecanismos físicos. Ao contrário, o elemento decisivo que aproxima ou distancia está  situado no mundo interno de cada um, é ele o único capaz de atrair ou repelir. Não fosse assim, não haveriam separações,  vazios,  geleiras que  contaminam  a união de seres que juraram amor eterno e que vivem sob o mesmo teto. Não fosse assim,  as amizades,  as ligações familiares jamais seriam destruídas. Aproximar, ou distanciar, portanto,  depende dos elementos de afinidade, identidade  que encontram-se dentro de cada um.  Inúmeros são os seres que vivem distantes deles próprios, não sabem, não conhecem o que acontece em seu próprio mundo interno, não sentem, não vibram, não se ligam a nada do que ocorre ao seu redor.  Distanciar ou aproximar, portanto, é algo que depende da identidade de pensamentos e sentimentos. A distância ou proximidade é diretamente proporcional a sintonia ou diferenças  oriundas dos gostos, desejos, sonhos, virtudes, valores. Tal força é tamanha que sem qualquer palavra, som, podemos sentir a presença do outro e até de Deus segundo sejam os elementos de afinidade. É possível, inclusive, sentir a presença daqueles entes queridos que se foram, cuja energia continua palpitando na criação, dependente dos  fatores de identidade para aproximar. As possibilidades são imensas, precisamos aprender a cultivar, manter inalterável os elementos afins que unem,  que aproximam que não estão no mundo externo e sim no interno de cada um.