Quando premidos por uma circunstância excepcional que nos
chama à consciência, como por exemplo, perda da saúde, de um ente querido, facilmente, percebemos que detínhamos todas as condições
para ser feliz, para não molestar
tampouco ser molestado, para amar, agradecer, curtir tudo o que a vida nos
oferecia. Ou seja, sem dificuldades, compreendemos o que, de fato, é importante na vida, que merecia ser
valorizado e não foi. Também constatamos os defeitos que fizeram com que
deixássemos de aproveitar a vida como poderíamos tê-lo feito e não o fizemos.
Salta aos olhos que nossas deficiências, (vaidade, amor próprio, rancor, falta
de vontade) e tantas outras, assim como os pré-conceitos, crenças, foram responsáveis pelo fracasso. Ou seja,
somos nós mesmos os grandes e únicos responsáveis por não desfrutar das mais
belas sensações, por dificultar a convivência conosco e com o semelhante, por
não observar, refletir e compreender todos os movimentos que ocorrem ao nosso
redor, exatamente, porque a mente esta contaminada pelos “vírus”
antes citados. Na verdade, alimentamos nossa personalidade, sempre pretendendo
que os outros nos compreendam, nos valorizem, nos peçam desculpas por suas
falhas, nos atribuindo os melhores conceitos. Tais características, trazidas
com a herança e ou construídas e reforçadas durante a vida, impedem, totalmente,
de observar e compreender o que, de
fato, é a vida, como deve ela ser vivida, qual seu objetivo, o que representa
cada obstáculo, sucesso, derrota, para o
próprio aperfeiçoamento. Com a mente abarrotada de pensamentos deficiência, não
conseguimos captar, compreender, ou seja, observar, pensar, refletir e sentir o
que representa o acontecimento que estamos vivendo naquele momento. E, assim,
ao invés de adotar a correta decisão, optamos por atuarmos com os pensamentos
deficientes que povoam a mente, sempre acreditando que a responsabilidade é do
outro, que não somos merecedores dos
pequenos ou grandes obstáculos que encontramos no caminho. Se, ao invés disso,
atuássemos com a humildade, tentando compreender o outro, suas dificuldades,
oferecendo a ele a palavra doce e certeira, para colaborar ou até o silêncio, e, ainda,
aproveitando a oportunidade para
conhecer os defeitos alheios que o impedem de agir corretamente, para servir de exemplo na própria vida.
Assim, quem consegue reconhecer seus defeitos e luta para neutraliza-los ou
elimina-los, compreenderá o segredo do sucesso ou da derrota, da felicidade ou
da tristeza, da vida ou da morte.
Para Pensar...
domingo, 20 de abril de 2014
Brilho individual
No mundo atual, que cultiva,
valoriza, a beleza externa, o poderio
econômico, ou seja, tudo àquilo que os
olhos físicos conseguem captar, cada vez mais, a busca é pelo brilho
individual. Em qualquer ambiente, seja profissional, social, o esforço pessoal é para que o ser seja notado,
percebido, e, especialmente, destacado
pelo brilho. Este brilho, oriundo das vestes ou da ausência delas, das maquiagens, joias, veículos, acreditamos nós,
são responsáveis pelas sensações de alegria, prazer, confiança, segurança,
poder etc. No entanto, cessada a exposição, quando retornamos para nossos
recantos, para dentro de nós mesmos, logo percebemos que tudo virou fumaça, não
restou mais nenhum vestígio do brilho que pensávamos possuir. Não nos sentimos
mais seguros, cheios de paz, prazer, confiança. E assim, precisamos, urgentemente, de outra oportunidade para impor,
confirmar os valores que gostaríamos que
os outros encontrassem em nós. Desse modo, continuamos nós em busca de
oportunidades para mostrar nosso “brilho”, valores, para outra vez, ao retornar,
reencontrar o vazio do mundo interno, a insegurança, amargura etc. Ocorre que,
este brilho que acreditamos situar-se no externo de cada um através dos
aspectos físicos ou matérias que enaltecemos, situa-se nos rincões do mundo
interno. Ele é fruto da consciência, da convicção dos adequados plantios, da busca e conquista de valores eternos, da
formação dos corretos conceitos da vida, do bem e do mal, da verdade e do erro.
De posse deste patrimônio individual, a luz do mundo interno brilhará por todos
os lugares por onde andarmos, independentemente da figura externa, dos adornos,
dos bens materiais. Esta luz, brilho, repercutirá em todos os ambientes,
fazendo com que cada um sinta a força
que emerge das profundezas da alma, transmitindo paz, serenidade,
sabedoria, valores duradouros. E, por ser verdadeiro este brilho permanecerá
com o ser por onde ele for, oferecendo toda sua força nos momentos de solidão,
reflexão, com a Inteligência captando, identificando e mostrando o que de fato se possui em valores. Iluminado
o mundo interno com a luz da inteligência, o brilho surgirá naturalmente, seja
na fisionomia, no silêncio, no abraço ou na palavra certeira, sempre dita para
o bem, nunca para o mal.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Pensamentos dominantes
Embora invisíveis, os
pensamentos são “entidades autônomas” que transitam de mente em mente,
permanecem em ambientes, influenciando, sucessivamente nos estados psicológicos
individuais. Além de estarmos expostos aos movimentos dos pensamentos citados,
que nos contaminam, de diversas formas, através de uma palavra, ato, olhar e,
inclusive no silêncio, cada psicologia contém, em sua mente, pensamentos dominantes, que são àqueles que absolvem
o ambiente mental, interferindo, diretamente, nas ações, omissões, alegrias,
angústias, eficiência ou ineficiência na vida profissional, familiar, social,
econômica e, inclusive, no mundo
transcendente. Numa singela reflexão, cada um, em instantes, identificará os pensamentos que mais atuam em
sua mente, bem como a importância ou inutilidade para o melhor encaminhamento das várias
vidas. Geralmente, os pensamentos que dominam à mente, estão ligados ao mundo
econômico, “profissional”, sem esquecer
das curiosidades instintivas, pensamentos de vícios, assuntos alheios
(fofocas), restando muito pouco espaço para a liberdade. Neste contexto,
premidos pelo domínio de uma série de pensamentos que absorvem, quase, a totalidade do campo mental, resta muito
pouco espaço para desenvolver com liberdade a faculdade de pensar, ou de
recordar, observar. Geralmente, todas
elas são influenciadas pelos pensamentos dominantes que não permitem uma livre
atuação da mente, sempre direcionando o ser pelos caminhos indicados por
àqueles que controlam os movimentos mentais. Mesmo diagnosticando o domínio
mental, necessário impor um regime de
controle absoluto, deixando de alimentar,
todos àqueles que se apropriam de nosso ser, corroendo a liberdade e
impondo suas vontades. Este estado de sítio, de vigia, não pode relaxar por um
único instante, caso contrário, logo voltam os dominadores fazendo-nos curvar,
causando sofrimentos, perda de energias, relaxamento no uso das
faculdades, inércia, improdutividade,
amarguras, etc. Por isso, ser dono da própria vida, controlar o destino não é
tarefa fácil. Ao contrário, somente
àqueles que conseguem dominar os pensamentos, fazendo-os servir ás necessidades primordiais, afastando
todos os inúteis para os fins eleitos, instituindo um controle absoluto e
incessante, é que podem assegurar que são donos da própria vida e não um
joguete dos pensamentos.
domingo, 30 de março de 2014
Origem e força da palavra
Incansavelmente sabido, que um dos maiores poderes que detém a espécie
humana é a palavra. Manifestação esta,
somente a nós oferecida. No entanto, como todos os valores mais
importantes e preciosos disponíveis nesta magnífica oportunidade que é a vida,
a ela não se dá a importância que merece.
Limita-se, a servir de veículo para as mais mesquinhas e desnecessárias
manifestações, fruto de pensamentos que cruzam a mente e que sequer sabemos de
onde vieram e para onde vão. Na verdade, nos acostumamos a verbalizar,
expressar tudo o que nos vem a mente, sem, ao menos, fazer a menor reflexão
sobre o que será dito, sua importância, pertinência, momento, consequências,
benefícios e malefícios decorrentes. Ao contrário, se observarmos em nós mesmos e nos
semelhantes, facilmente, constataremos, que a grande maioria das palavras pronunciadas
não tem nenhum conteúdo, importância, seja para quem expressa ou para quem
ouve. A quase totalidade das manifestações, são fruto de pensamentos alheios, fofocas,
repetição de acontecimentos, trágicos, sofrimentos de outros, relacionamentos
familiares, julgamentos e pré-julgamentos, ataques pessoais, juízos e valores
tendenciosos e pré-meditados para ferir, machucar, inculcar conceitos negativos
àqueles que, de uma ou outra forma queremos prejudicar. Poucas, raras são as
palavras, pensadas, refletidas, produzidas com objetivo altruísta de construir,
colaborar, tornar o ambiente mais agradável doce e feliz. Raras são as
manifestações que carregam pedaços da própria vida, experiências vividas,
aprendizados, cujas expressões, por
serem fruto do saber, procuram evitar sofrimento e ou ensinar a viver. A
convivência humana, portanto, uma das maiores prerrogativas de aprendizados, tornou-se um instrumento de demonstrações de
vaidades, julgamentos precipitados, tendenciosos e negativos. Além disso, tem
servido para a transmissão de pensamentos que sequer se sabe a origem, mas que,
objetivam, causar temor, sentimentos
negativos, sofrimentos, preocupações. Excepcionais são as oportunidades em que
a palavra é usada para construir, confortar, orientar com conhecimento de
causa, transmitir sentimentos verdadeiros, fragmentos da própria vida. Exceção
é o uso da palavra para falar da vida,
seu conceito, do que cada um esta fazendo para torná-la um exemplo, conhecimentos sobre
as próprias entranhas e a partir delas acessar idênticas potências que palpitam
na vida universal que nos rodeia, interpenetra e, da qual podemos fazer parte
em maior ou menor grau segundo seja a evolução alcançada.
domingo, 23 de março de 2014
Devoradores de energia
Mesmo não dedicado um
instante para refletir sobre as próprias energias, fontes, devoradoras,
percebemos, diariamente, especialmente, as
grandes debilidades causadas por fatores muitas vezes não percebidos.
Naturalmente, uma boa noite de sono, propicia, que as energias sejam recarregadas, embora não
tenhamos a menor consciência de como isso ocorre. Poderiam, muitos,
pensar, que o simples fato de não gastar
energias físicas durante o repouso seria a razão que explicaria as baterias
recarregadas pela manhã. No entanto, cumpre refletir sobre os grandes
devoradores, para perceber, que não são eles físicos e sim psicológicos,
ou seja, mentais e sensíveis. Basta observar para a atividade desenvolvida por
cada um de nós, raramente com exigências de esforço físico, usamos,
basicamente, a mente e, mesmo
assim, sentimos a grande destruição de
nossas forças. Muitas vezes, já pela manhã, no primeiro embate sentimos que
todas as nossas forças desapareceram, nos sentimos esgotados, cansados, sem
vontade de continuar as várias lutas que ainda virão. Fácil perceber, então,
que os grandes devoradores de nossas energias não são os esforços físicos, ao
contrário, uma atividade de lazer,
(futebol, vôlei, tênis) etc, nos revigora, de tal forma,
que nos sentimos jovens cheios de energias, pronto para novas batalhas. É preciso, portanto, atentar para os grandes devoradores de nossas
forças, responsáveis por tantas angústias sofrimentos, redução da capacidade
intelectual e até doenças. Dentre os grandes devoradores, destacam-se, os
pensamentos, sejam próprios ou alheios, inquistados ou que transitam por nossa
mente, deixando um rastro de destruição. Além deles, a palavra é outra grande
devoradora, seja a pronunciada que repercutirá, através da lei da correspondência, em nós mesmos, a mesma
energia negativa nela impregnada, bem como aquelas que ouvimos. Assim também em
relação a nossos atos e até nos simples olhares que nos produzem julgamentos,
observações com grandes reações no mundo interno. Ou seja, somos nós mesmos os
responsáveis pela destruição de nossas energias internas, bastando cuidar de
nossos pensamentos, palavras, atos, imagens captadas, não produzindo
precipitados julgamentos, tampouco proferindo desnecessárias e destrutivas manifestações,
ou ainda tomando atitudes que retornarão e debilitarão nossas forças.
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