sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Serenar é preciso


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Vivemos a era da globalização, informações atravessam o planeta á cada instante, precisamos estar atualizados, a vida profissional assim o exige. Além da correria por informações, somos, a cada instante, bombardeados com todo tipo de notícia, normalmente  relacionadas com catástrofes, tragédias, previsões pessimistas a respeito do futuro. Não bastasse isso, os inúmeros compromissos, afazeres, sejam na vida profissional, social ou familiar exigem atenção, dedicação, concentração e empenho. Todos estes fatores, além da incansável busca pelo melhoramento econômico individual e familiar, não permitem, um só instante, de afastamento, de isolamento, onde seja possível ouvir o próprio coração, sentir a respiração, controlar os pensamentos, serenar. É bem verdade que somos movidos a energia e que é a atividade que a gera, ao contrário, inércia é morte, tanto no aspecto físico quanto psicológicos ou espiritual. No entanto, tanto a parte física quando a psicológica necessitam de repouso, de instantes em que possibilite o ser recarregar estas energias, sem o que,  inevitavelmente virão os malefícios. Se o esgotamento físico necessita de repouso de alimentação adequada, assim também ocorre com a parte psicológica. Ocorre que o repouso depende da criação de um estado mental e sensível  que possibilite desligar os inúmeros censores que nos conectam as várias vidas e compromissos antes referidos. É preciso desconectar, serenar, se possível em vários momentos do dia, mas, se assim não for, ao menos no período noturno, ouvir e sentir o barulho do silêncio, de uma bela melodia, da chuva, do vento. Sentir o oxigênio penetrando nos pulmões, as batidas do coração, sentir gratidão por estar vivo, por poder viver mais um dia. Ensaiando, passamos a religar muitas conexões, dormimos melhor, acordamos melhor e teremos um dia mais feliz.

sábado, 22 de dezembro de 2012

A força do amor



 
 
Muito se fala do amor, de sua importância, do amor entre os seres, a Deus etc. Entretanto, poucos são os que se detém a esclarecer o  que é o amor, como cultivá-lo, onde encontra-lo.  Por conta da ausência de informações, resta a confusão estabelecida ao longo da existência  sobre  o que  seria fruto do amor. Dizem que se mata por amor, que por amor se castiga, que até Deus por amor impõe sofrimento. Ora como é possível imaginar que um sentimento tão sublime possa impor sofrimento a outrem deliberadamente? Os enganos são muitos, não sabemos o que é o bem e o mal, a verdade o erro, Deus, e, do mesmo modo, não conhecemos o amor. Primeiramente é preciso deixar claro que amor, jamais, em tempo algum será um sentimento que pretenda impor a quem quer que seja sofrimento. Impossível pensar o amor como castigo ou qualquer outra atitude que provoque dano ao semelhante, a Deus ou a própria criação. O amor é uma força que tem sua sede no coração do ser humano  dependente da construção de credenciais para que atue. O amor é uma força altruísta diretamente proporcional ao grau de evolução do ser, evolução esta relacionada aos aspectos mais importantes da vida, que dizem respeito a quem somos, de onde viemos, para onde vamos e, especialmente,  do que iremos deixar para a humanidade futura.  Um ato de amor é uma manifestação silenciosa que emerge sublime, pura,  do mundo interno,  e se espalha por todos  os lugares por onde passamos.  É o amor que equilibra e dá sabor a vida, é ele que nos faz feliz, que transforma tudo o que fazemos em algo belo, digno.  É o amor que liga, une o que vivemos  com nossa própria vida,  com o semelhante, e, especialmente com a própria criação.  A força do amor transforma, muda,  faz a vida palpitar como expressão mais sublime do bem, assim compreendido quando contribui para uma humanidade melhor e mais feliz.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Vida ou morte?



 
 Mesmo sendo a vida o maior bem que devemos proteger, cuidar, alimentar,  os dias passam sem  recordarmos dela. Vivemos no piloto automático, acordamos pensando nos inúmeros afazeres, compromissos que nos aguardam. A partir de então todas as energias, pensamentos são dirigidos para a solução, encaminhamentos das necessidades do mundo profissional ou familiar. Os “problemas”, dominam a mente e o coração, não restando tempo para observar, refletir sobre o que ocorre ao nosso redor, e, especialmente,  dentro do nosso próprio mundo.  A essa correria desenfreada chamamos vida, sem perceber que o tempo passa e nada, absolutamente nada destes fragmentos fica registrado, é como se não tivéssemos vivido. Por isso, é tão difícil recordar o que vivemos ontem, semana passada,  não importando a idade física, os registros são escassos.  Por conta disso, precisamos sempre de mais tempo para viver,  para depois utilizá-lo como temos feito sempre, na mais absoluta inconsciência. De tal comportamento nasce a doença do vazio, o amargo do mundo interno fruto do chamado da consciência à ausência de vida. Por óbvio, que da vida fazem parte as lutas, os problemas, o trabalho, a família, no entanto, viver ou morrer depende de como estes fragmentos de vida são vividos. A vida somente existe quando o que estamos vivendo, comove, toca, faz vibrar o mundo interno, fazendo com que, cada detalhe, manifestação,  seja percebida, refletida, pensada e sentida.  A vida é um processo evolutivo que somente acontece quando o que se vive é utilizado para aprender, melhorar, compreender o que  ocorre em nosso próprio mundo interno, no semelhante, na  natureza em tudo o que nos rodeia. Ao contrário, quando  vivemos automaticamente, nada aprendemos, reiteramos nos mesmos erros, permanecemos no mesmo ponto da evolução como  os animais que repetem sempre o mesmo comportamento. Viver ou morrer depende do valor que damos a cada fragmento de tempo,  valor este  medido pelo grau de consciência do vivido. Ter consciência do que se vive depende de entregar-se, pensar, refletir, observar, compreender e sentir o que está sendo vivido.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Antes que seja tarde...



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 Este pequeno espae tempo em que permanecemos nesta dimensão pode resultar em pequenas ou grandes realizações. Podemos ainda aproveitá-lo para cultivar e colher inestimáveis obras de bem, assim compreendidas àquelas que permanecerão após a morte como sinais para iluminar o caminho dos demais. Mesmo cientes de que o espaço é curto e de que nada levaremos de material, pouco fazemos para recordar e edificar o duradouro. Penso que um dos grandes equívocos humanos seja o de pretender chegar ao cume sem ter que transitar por todos os obstáculos que a subida impõe. Ademais, o sublime não é a chegada e sim o desfrutar das paisagens que o percurso vai oferecendo, é nelas que vamos aprendendo, vivendo, vibrando, sentindo e compreendendo o que, afinal é viver. Inúmeros são os seres que, em que pese a oportunidade de caminhar, somente percebem que deixaram de fazer o que deveriam tê-lo feito quando o percurso se aproxima do final. É comum, o “devia ter”, “amado mais, abraçado mais”   devia ter “beijado mais, dito o quanto o outro é ou foi importante”, devia ter “visto o sol se pôr”. E, assim, inúmeras são as reflexões daquilo que, após muito andar se compreende que deveríamos ter feito. Certamente,  a caminhada não vai ensinar que, deveríamos ter, amontoado mais, sido mais impacientes, intolerantes, amargurados, arrogantes distantes da natureza, de Deus e de nós mesmos. Parece tão evidente o que nos faz feliz, nos enche de alegria e satisfação merecendo aprovação inequívoca da consciência. No entanto, mesmo intuindo, temos imensas dificuldades em fazer, em cada instante,  àquilo que nossa consciência nos indica como grande, definitivo, importante. Parece que somos vencidos por nós mesmos, pelos nossos defeitos, vaidades, amor próprio, impaciência, intolerância, que nos impedem de manter o propósito de exercitar, em cada momento, condutas que nos façam humanos, Divinos. É preciso dizer, fazer, antes que seja tarde para não sofrer depois quando o tempo já passou e não voltará jamais.  


domingo, 9 de dezembro de 2012

Iluminando ou escurecendo a caminhada



 
 Como tudo em nossa vida, a natureza, a criação que nos rodeia,  nos oferece,  todos os elementos de que precisamos para compreender os mais valiosos segredos. Absolutamente tudo pode ser descoberto e compreendido com o uso da inteligência, observando e refletindo sobre os movimentos que nos cercam. Assim, se observamos, o sol, a lua, as estrelas,  perceberemos que  são energias que iluminam não só o sentido da visão, mas, especialmente,  as mentes e corações humanos. Assim também somos nós, que fomos criados e dotados dos sistemas, mental, sensível e instintivo para que façamos da vida uma obra prima, nutrida e cultivada a fim de aumentar em volume inestimável a inteligência. Do grau de inteligência individual, resultará a quantidade de luz que cada um será capaz de irradiar. No entanto, a inteligência que produz luz não é àquela utilizada para impor poder, acumular bens materiais. Não, iluminar ou escurecer a vida depende de enriquecê-la com elementos de outra índole, ou seja, “transcendentes”, àqueles que estão acima das pobrezas humanas. Prova de que a luz que emerge da vida humana é fruto de outros valores resta estampada em cada novo ser que chega a este mundo. É evidente a irradiação de luz que transmitem os pequenos, basta observar, recordar de nossas infâncias. Ou seja, nascemos iluminando, fruto da partícula divina chamada espirito. No entanto, devido a falta de conhecimentos transcendentes, que nos façam evoluir, conhecer,  e saber de nossa origem e destino, ao invés de enriquecer a inteligência a fim de manter e aumentar a energia que ilumina, vamos,  aos poucos,  nos afastando, escurecendo a caminhada. Se observarmos ao nosso redor, fácil constatar da existência de muitos que espalham escuridão por onde passam, e outros, com suas condutas meritórias, superiores, cheios de afeto, respeito, amor que iluminam a caminhada própria e a dos demais. Portanto, podemos ser luz ou escuridão, segundo sejam os pensamentos e sentimentos que nos conduzem.