Vivemos a era da globalização,
informações atravessam o planeta á cada instante, precisamos estar atualizados,
a vida profissional assim o exige. Além da correria por informações, somos, a
cada instante, bombardeados com todo tipo de notícia, normalmente relacionadas com catástrofes, tragédias,
previsões pessimistas a respeito do futuro. Não bastasse isso, os inúmeros
compromissos, afazeres, sejam na vida profissional, social ou familiar exigem
atenção, dedicação, concentração e empenho. Todos estes fatores, além da
incansável busca pelo melhoramento econômico individual e familiar, não
permitem, um só instante, de afastamento, de isolamento, onde seja possível
ouvir o próprio coração, sentir a respiração, controlar os pensamentos, serenar.
É bem verdade que somos movidos a energia e que é a atividade que a gera, ao
contrário, inércia é morte, tanto no aspecto físico quanto psicológicos ou
espiritual. No entanto, tanto a parte física quando a psicológica necessitam de
repouso, de instantes em que possibilite o ser recarregar estas energias, sem o
que, inevitavelmente virão os
malefícios. Se o esgotamento físico necessita de repouso de alimentação
adequada, assim também ocorre com a parte psicológica. Ocorre que o repouso
depende da criação de um estado mental e sensível que possibilite desligar os inúmeros censores
que nos conectam as várias vidas e compromissos antes referidos. É preciso
desconectar, serenar, se possível em vários momentos do dia, mas, se assim não
for, ao menos no período noturno, ouvir e sentir o barulho do silêncio, de uma
bela melodia, da chuva, do vento. Sentir o oxigênio penetrando nos pulmões, as
batidas do coração, sentir gratidão por estar vivo, por poder viver mais um
dia. Ensaiando, passamos a religar muitas conexões, dormimos melhor, acordamos
melhor e teremos um dia mais feliz.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
sábado, 22 de dezembro de 2012
A força do amor
Muito se fala do amor, de sua
importância, do amor entre os seres, a Deus etc. Entretanto, poucos são os que
se detém a esclarecer o que é o amor,
como cultivá-lo, onde encontra-lo. Por
conta da ausência de informações, resta a confusão estabelecida ao longo da
existência sobre o que seria fruto do amor. Dizem que se mata por
amor, que por amor se castiga, que até Deus por amor impõe sofrimento. Ora como
é possível imaginar que um sentimento tão sublime possa impor sofrimento a
outrem deliberadamente? Os enganos são muitos, não sabemos o que é o bem e o
mal, a verdade o erro, Deus, e, do mesmo modo, não conhecemos o amor.
Primeiramente é preciso deixar claro que amor, jamais, em tempo algum será um
sentimento que pretenda impor a quem quer que seja sofrimento. Impossível
pensar o amor como castigo ou qualquer outra atitude que provoque dano ao
semelhante, a Deus ou a própria criação. O amor é uma força que tem sua sede no
coração do ser humano dependente da
construção de credenciais para que atue. O amor é uma força altruísta
diretamente proporcional ao grau de evolução do ser, evolução esta relacionada
aos aspectos mais importantes da vida, que dizem respeito a quem somos, de onde
viemos, para onde vamos e, especialmente, do que iremos deixar para a humanidade
futura. Um ato de amor é uma
manifestação silenciosa que emerge sublime, pura, do mundo interno, e se espalha por todos os lugares por onde passamos. É o amor que equilibra e dá sabor a vida, é
ele que nos faz feliz, que transforma tudo o que fazemos em algo belo,
digno. É o amor que liga, une o que
vivemos com nossa própria vida, com o semelhante, e, especialmente com a
própria criação. A força do amor
transforma, muda, faz a vida palpitar
como expressão mais sublime do bem, assim compreendido quando contribui para
uma humanidade melhor e mais feliz.
sábado, 15 de dezembro de 2012
Vida ou morte?
Mesmo sendo a vida o maior bem
que devemos proteger, cuidar, alimentar, os dias passam sem recordarmos dela. Vivemos no piloto
automático, acordamos pensando nos inúmeros afazeres, compromissos que nos
aguardam. A partir de então todas as energias, pensamentos são dirigidos para a
solução, encaminhamentos das necessidades do mundo profissional ou familiar. Os
“problemas”, dominam a mente e o coração, não restando tempo para observar,
refletir sobre o que ocorre ao nosso redor, e, especialmente, dentro do nosso próprio mundo. A essa correria desenfreada chamamos vida,
sem perceber que o tempo passa e nada, absolutamente nada destes fragmentos
fica registrado, é como se não tivéssemos vivido. Por isso, é tão difícil
recordar o que vivemos ontem, semana passada, não importando a idade física, os registros
são escassos. Por conta disso,
precisamos sempre de mais tempo para viver,
para depois utilizá-lo como temos feito sempre, na mais absoluta
inconsciência. De tal comportamento nasce a doença do vazio, o amargo do mundo
interno fruto do chamado da consciência à ausência de vida. Por óbvio, que da
vida fazem parte as lutas, os problemas, o trabalho, a família, no entanto,
viver ou morrer depende de como estes fragmentos de vida são vividos. A vida
somente existe quando o que estamos vivendo, comove, toca, faz vibrar o mundo
interno, fazendo com que, cada detalhe, manifestação, seja percebida, refletida, pensada e sentida. A vida é um processo evolutivo que somente
acontece quando o que se vive é utilizado para aprender, melhorar, compreender
o que ocorre em nosso próprio mundo
interno, no semelhante, na natureza em
tudo o que nos rodeia. Ao contrário, quando
vivemos automaticamente, nada aprendemos, reiteramos nos mesmos erros,
permanecemos no mesmo ponto da evolução como
os animais que repetem sempre o mesmo comportamento. Viver ou morrer
depende do valor que damos a cada fragmento de tempo, valor este
medido pelo grau de consciência do vivido. Ter consciência do que se
vive depende de entregar-se, pensar, refletir, observar, compreender e sentir o
que está sendo vivido.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Antes que seja tarde...
Este pequeno espae tempo em
que permanecemos nesta dimensão pode resultar em pequenas ou grandes
realizações. Podemos ainda aproveitá-lo para cultivar e colher inestimáveis
obras de bem, assim compreendidas àquelas que permanecerão após a morte como
sinais para iluminar o caminho dos demais. Mesmo cientes de que o espaço é
curto e de que nada levaremos de material, pouco fazemos para recordar e
edificar o duradouro. Penso que um dos grandes equívocos humanos seja o de
pretender chegar ao cume sem ter que transitar por todos os obstáculos que a
subida impõe. Ademais, o sublime não é a chegada e sim o desfrutar das
paisagens que o percurso vai oferecendo, é nelas que vamos aprendendo, vivendo,
vibrando, sentindo e compreendendo o que, afinal é viver. Inúmeros são os seres
que, em que pese a oportunidade de caminhar, somente percebem que deixaram de
fazer o que deveriam tê-lo feito quando o percurso se aproxima do final. É
comum, o “devia ter”, “amado mais, abraçado mais” devia ter “beijado mais, dito o quanto o
outro é ou foi importante”, devia ter “visto o sol se pôr”. E, assim, inúmeras
são as reflexões daquilo que, após muito andar se compreende que deveríamos ter
feito. Certamente, a caminhada não vai
ensinar que, deveríamos ter, amontoado mais, sido mais impacientes,
intolerantes, amargurados, arrogantes distantes da natureza, de Deus e de nós
mesmos. Parece tão evidente o que nos faz feliz, nos enche de alegria e
satisfação merecendo aprovação inequívoca da consciência. No entanto, mesmo
intuindo, temos imensas dificuldades em fazer, em cada instante, àquilo que nossa consciência nos indica como
grande, definitivo, importante. Parece que somos vencidos por nós mesmos, pelos
nossos defeitos, vaidades, amor próprio, impaciência, intolerância, que nos
impedem de manter o propósito de exercitar, em cada momento, condutas que nos
façam humanos, Divinos. É preciso dizer, fazer, antes que seja tarde para não
sofrer depois quando o tempo já passou e não voltará jamais.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Iluminando ou escurecendo a caminhada
Como tudo em nossa vida, a
natureza, a criação que nos rodeia, nos
oferece, todos os elementos de que
precisamos para compreender os mais valiosos segredos. Absolutamente tudo pode
ser descoberto e compreendido com o uso da inteligência, observando e
refletindo sobre os movimentos que nos cercam. Assim, se observamos, o sol, a
lua, as estrelas, perceberemos que são energias que iluminam não só o sentido da
visão, mas, especialmente, as mentes e
corações humanos. Assim também somos nós, que fomos criados e dotados dos
sistemas, mental, sensível e instintivo para que façamos da vida uma obra
prima, nutrida e cultivada a fim de aumentar em volume inestimável a
inteligência. Do grau de inteligência individual, resultará a quantidade de luz
que cada um será capaz de irradiar. No entanto, a inteligência que produz luz
não é àquela utilizada para impor poder, acumular bens materiais. Não, iluminar
ou escurecer a vida depende de enriquecê-la com elementos de outra índole, ou
seja, “transcendentes”, àqueles que estão acima das pobrezas humanas. Prova de
que a luz que emerge da vida humana é fruto de outros valores resta estampada
em cada novo ser que chega a este mundo. É evidente a irradiação de luz que
transmitem os pequenos, basta observar, recordar de nossas infâncias. Ou seja,
nascemos iluminando, fruto da partícula divina chamada espirito. No entanto,
devido a falta de conhecimentos transcendentes, que nos façam evoluir, conhecer,
e saber de nossa origem e destino, ao
invés de enriquecer a inteligência a fim de manter e aumentar a energia que
ilumina, vamos, aos poucos, nos afastando, escurecendo a caminhada. Se
observarmos ao nosso redor, fácil constatar da existência de muitos que
espalham escuridão por onde passam, e outros, com suas condutas meritórias,
superiores, cheios de afeto, respeito, amor que iluminam a caminhada própria e
a dos demais. Portanto, podemos ser luz ou escuridão, segundo sejam os
pensamentos e sentimentos que nos conduzem.
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