domingo, 24 de fevereiro de 2013

Os sentimentos e a felicidade



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Em que pese formar um conceito de felicidade, promover ensaios mentais para que tal “estado” se transforme em “modalidade” e, passe a ser uma “característica” do ser,  difícil construir, manter, sentir-se feliz. Ocorre que a felicidade não é algo proporcionado exclusivamente pela mente, não depende só do pensar, imaginar, intuir, recordar. Evidente que são as faculdades da mente que direcionam, no entanto, a felicidade é,  acima de tudo, um sentimento. Por isso de nada adianta repetir “estou feliz, sou feliz” ou “não tenho nenhum motivo para estar triste”, não,  é preciso construir credenciais para que o coração vibre, palpite fazendo-o aprovar àquilo que a mente indica. É que ao coração não se pode enganar. Enquanto mentalmente podemos justificar todos os maus pensamentos, atos e palavras que cultivamos,  o coração depende de pureza. Não é possível sentir com a mente amargurada, com deficiências atuando, seja a vaidade, amor próprio, rancor e tantas outras. Por isso que para sentir a felicidade é preciso superar estados mentais, limpar a mente de todo pensamento ou sentimento egoísta, mesquinho que só atende motivações negativas. Cada leitor ao analisar sua vida, encontrará, sem dúvida,  exemplos em que, por alguns instantes sentiu o coração bater mais forte,  desfrutou de sensações felizes, e, certamente, comprovará que, naquele momento nada mais importava, havia consagração íntima, verdadeira, mente e coração vibravam juntos, sem espaço para atuação dos defeitos que só enfeiam a criatura humana. Resta evidente, portanto, que a felicidade é uma conquista que depende de limpar a mente e o coração de tudo pensamento ou sentimento negativo, pessimista, vingativo, de vaidade, de amor próprio, ou seja, depende de pureza e grandeza. Aos sentimentos não se engana eles são a manifestação mais pura e sublime que pode experimentar o ser humano, talvez,  por isso, temos tantas dificuldades em desfrutar das mais belas sensações que podemos experimentar. Através da mente, aprendemos a enganar os outros e a nós mesmos, escondemos o que pensamos, fingimos, representamos e, assim nos afastamos de nós mesmos. A felicidade, portanto, depende de recuperar a pureza da criança que fomos.     

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ensaios de felicidade



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Sem dúvida o maior desejo, sonho, objetivo do ser humano é a conquista da felicidade. Para tanto empenha seus maiores esforços seja na busca da qualificação profissional, com o que, imagina,  conseguirá atingir outro grande afã que é a aquisição de bens materiais. Além do campo profissional e econômico, clama o ser pelo atendimento de suas necessidades sentimentais, preenchendo um espaço vazio, sem o qual, parece que a vida não faz sentido. Em que pese os avanços, o atendimento das buscas antes referidas, logo percebe que a conquista da felicidade é algo muito mais complexo, que, mesmo com o sucesso profissional, os avanços no econômico, a presença de outro ser para completar sua figura, dos filhos, continua a luta para combater as incessantes amarguras que povoam o mundo interno. Ou seja,  não compreende o que é a felicidade e como construí-la. Não sabe o ser se a felicidade é um estado, uma modalidade ou uma característica, se é algo duradouro ou transitório. Como tudo, penso que é preciso, inicialmente,  formar um conceito do que seria a  felicidade, que, segundo a ciência logosofia é “algo que a vida nos outorga através de pequenas porções de bem”. Mas então, quais seriam estas pequenas porções de bem, como construí-las, senti-las, ampliá-las até invadir e ocupar um grande espaço na vida. Parece,  evidente,  que uma das grandes vilãs da felicidade é a ingratidão,  por consequência a maior aliada é a gratidão. É que construir estados de felicidade depende, imprescindivelmente, da satisfação pelo que se vive, seja na luta do trabalho, no lazer, na convivência ou consigo mesmo. Ser grato pelo momento vivido proporciona elevados estados mentais, afastando a amargura, aproximando a paz, permitindo uma elevação mental e sensível que nos transporta para outros níveis, transcender, superar estados de consciência. Recordando, a cada instante,  da grandiosidade desta oportunidade que é viver, sendo grato ao ar que respiramos, a saúde que desfrutamos, ao amigos que possuímos, aos pais, irmãos, filhos, cônjuge,  ao alimento, a luz do sol, a chuva, a noite, a cama limpinha, a mais um despertar são, sem dúvida, ensaios de felicidade.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Lições do sofrimento




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Incessantemente somos surpreendidos com acontecimentos trágicos que mutilam ou tiram a vida de pessoas. Em que pese o esforço não é tarefa simples procurar explicar, compreender,  por quais razões, especificamente,  àqueles seres foram escolhidos. Um dia desses lia  um artigo de um respeitável colunista, onde questionava ele, explicações, para as razões, a luz das leis de Deus de pessoas inocentes, jovens, crianças,  serem vítimas de tais fatalidades. Como explicar a um pai, mãe, que seu filho inocente, lhes foi tirado? Onde estava Deus que deixou tal “injustiça” acontecer? É comum ouvir explicações do tipo: Foi a vontade de Deus. Será, então, que Deus olha para sua magnífica criação, e escolhe, alguns,  que irá tirar a vida? Sem dúvida, devido a incompreensão á cerca de tantos acontecimentos que nos envolvemos, temos tantas dificuldades em compreender Deus. A desculpa do mistério é mais um falso argumento para tais dúvidas. Ocorre que, este magnífico sistema chamado cosmos é gerido por uma série de leis universais que ditam os rumos segundo a vontade suprema de seu criador. Por força disso, não há escolhas divinas, somos vítimas das atuações da  própria espécie. Dentre as tantas leis, uma delas, faz repercutir em nossas vidas, inclusive, reflexos das ações dos demais. Trata-se da Lei do conjunto. Por força desta lei, pessoas que habitam, frequentam, transitam, vivem em  determinado lugar, cultivam certos costumes, hábitos  provocam reflexos de suas ações em pessoas que não tiveram nenhuma participação nas mesmas. Assim, inúmeros inocentes que moram em favelas são vitimas das ações de criminosos que ali residem. Determinadas regiões do planeta, onde se cultiva ódio racial, religioso, uso indiscriminado de armas, lutas separatistas, faz repercutir, em inocentes reflexos das ações de membros do conjunto. É por isso que se diz que não basta cuidar de si mesmo, é preciso cuidar dos outros. Portanto, a única forma de minimizar, diminuir as incontáveis cenas trágicas que atingem inocentes, é cuidar do conjunto. Cuidar do conjunto é refletir sobre as próprias ações e das consequências de nossos atos sobre terceiros. Cuidar do conjunto é mudar conceitos, alimentar valores, eliminar defeitos, conhecer e respeitar as leis universais sob pena de sofrermos, todos,  as inexoráveis consequências.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Mistérios, resultado da ignorância



 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha6QvAchwUBnLLcgnYv4dBb-auwysSQf8rSmc76udrv0zZ8loUOQ20-6cJbNBHaMQD_e7b4UiAgk9rk8s75btyfqojqEzNWsHUU8gCN4wHrREK8O5pjJfRSEpyf5q6QaKdbS4vGK4Bi_Ha/s1600/misterio1.jpg
 É comum, desde sempre, procurar explicar àquilo que não se sabe com a justificativa do “mistério”. Aliás, referido argumento atende, exclusivamente,  um objetivo, qual seja, a exploração, submissão em benefício de alguns. Em que pese os inúmeros exemplos que emergem, a cada dia, demonstrando que o que era mistério ontem, deixou de ser em virtude da luz oriunda da inteligência, o engano continua. Ora, a ignorância humana  nos fazia temer os trovões,  não compreender o dia, noite, lua, sol. A ignorância humana não conhecia o próprio corpo físico, suas doenças, males. A ignorância humana desconhecia, inclusive,  o próprio planeta, mares, ilhas, rios etc. Não conhecíamos as razões das sacudidas da terra, tempestades, secas, chuvas. As reflexões são inúmeras tudo o que hoje é sabido, de conhecimento corrente, foi ontem mistério, e, somente deixou de ser quando a luz da inteligência humana conseguiu compreendê-los. E, assim é a criação, tudo, absolutamente tudo pode e deve ser compreendido, conhecido, estudado, descoberto, até a mais ínfima partícula. Mesmo diante da eloquência dos argumentos, ao longo da nossa existência, ciência e religião travam uma luta, dizendo-se em lados opostos.  Tal divergência como todos os “mistérios” também é fruto da ignorância e, muitos, dos mais magníficos cientistas,  lançaram suas luzes para iluminar referido tema, mostrando,  que tudo pode ser explicado compreendido  e comprovado. O universo é ciência pura. Nada ocorre por acaso, tudo tem causa e efeito. Descobrir todos os “mistérios” da criação é o objetivo maior do homem na terra. A única forma de respeitar, compreender, confiar é conhecendo, entendendo como funcionam os mecanismos, como somos constituídos, que forças nos movem, de onde viemos e para onde vamos. È preciso pois, extirpar as amarras dos medos, das crenças que limitam e impedem o livre exercício das faculdades mentais, questionar, estudar, observar, fazer ciência da própria vida. Somente o saber, fruto dos exercícios de repetição e estudo é que afasta a escuridão, nos torna mais fortes, seguros, confiantes,  com fé em si próprio. Sabendo deixamos de acreditar para confiar, pois quem conhece confia. 

domingo, 10 de fevereiro de 2013

As batidas do coração



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Inúmeros são os mecanismos criados ao longo dos tempos para nos fazer vibrar, sentir, perceber as batidas do próprio coração. Quanto mais nos distanciamos da natureza, mais se fazem necessários o  uso destes mecanismos para permitir, propiciar o encontro consigo mesmo. Os exercícios de respiração, meditação, reflexões acompanhados de uma suave melodia, possibilitam, por alguns momentos, afastar a mente das lutas diárias, para incursionar o ser em suas próprias entranhas. No entanto, mesmo que, por instantes,  se torne possível serenar a mente, tal estado, rapidamente é alterado, na primeira cortada de trânsito, naquela piadinha maldosa, na recordação das dificuldades financeiras etc. Ou seja, mesmo àqueles que buscam sentir o próprio coração tem imensas dificuldades em manter, por algum tempo,  um estado que permita manter a mente serena, reflexiva, atenta aos movimentos do mundo interno. Por isso não sentimos a vida, vivemos inconscientes, repetindo, sempre os mesmos comportamentos, rotinas. Por isso, ao final de cada dia, semana, mês, pouco ou nada fica registrado para ser recordado como momentos felizes vividos. Por isso sentimos o vazio interno fruto da cobrança da consciência para que mudemos nosso modo de vida, para dar a ela conteúdo, algo que possa ser lembrado com gratidão, alegria pelo bem praticado. O fato é que somente se torna possível ouvir as batidas do próprio coração, sentir a vida palpitar quando nos dispomos a nos afastar das agruras provocadas pelos próprios defeitos, (amor próprio, vaidade, rancor etc). Elevados os propósitos, conduzidos pensamentos palavras e atos na busca de praticar o bem pelo próprio bem, sem objetivos mesquinhos, egoísticos nos faz superar estados de consciência, nos torna leves, nos faz viajar para zonas onde transitam outras energias, vibrações. Observar as maravilhas da natureza, ser grato pelo ar que respiramos, recordar de todos àqueles que nos impulsionaram com sua luz, (pais, irmãos, amigos, mestres) também é uma forma de nos afastar dos limitados alcances das lutas mundanas. Nutrir a mente com conhecimentos transcendentes,  (aqueles que transcendem o saber comum), que lançam luzes sobre nossa origem, destino, razões da existência,  são o caminho para sentir as batidas do próprio coração.