Em que pese formar um conceito de
felicidade, promover ensaios mentais para que tal “estado” se transforme em
“modalidade” e, passe a ser uma “característica” do ser, difícil construir, manter, sentir-se feliz.
Ocorre que a felicidade não é algo proporcionado exclusivamente pela mente, não
depende só do pensar, imaginar, intuir, recordar. Evidente que são as
faculdades da mente que direcionam, no entanto, a felicidade é, acima de tudo, um sentimento. Por isso de nada
adianta repetir “estou feliz, sou feliz” ou “não tenho nenhum motivo para estar
triste”, não, é preciso construir
credenciais para que o coração vibre, palpite fazendo-o aprovar àquilo que a
mente indica. É que ao coração não se pode enganar. Enquanto mentalmente
podemos justificar todos os maus pensamentos, atos e palavras que
cultivamos, o coração depende de pureza.
Não é possível sentir com a mente amargurada, com deficiências atuando, seja a
vaidade, amor próprio, rancor e tantas outras. Por isso que para sentir a
felicidade é preciso superar estados mentais, limpar a mente de todo pensamento
ou sentimento egoísta, mesquinho que só atende motivações negativas. Cada
leitor ao analisar sua vida, encontrará, sem dúvida, exemplos em que, por alguns instantes sentiu o
coração bater mais forte, desfrutou de
sensações felizes, e, certamente, comprovará que, naquele momento nada mais
importava, havia consagração íntima, verdadeira, mente e coração vibravam
juntos, sem espaço para atuação dos defeitos que só enfeiam a criatura humana.
Resta evidente, portanto, que a felicidade é uma conquista que depende de
limpar a mente e o coração de tudo pensamento ou sentimento negativo,
pessimista, vingativo, de vaidade, de amor próprio, ou seja, depende de pureza
e grandeza. Aos sentimentos não se engana eles são a manifestação mais pura e
sublime que pode experimentar o ser humano, talvez, por isso, temos tantas dificuldades em
desfrutar das mais belas sensações que podemos experimentar. Através da mente,
aprendemos a enganar os outros e a nós mesmos, escondemos o que pensamos, fingimos,
representamos e, assim nos afastamos de nós mesmos. A felicidade, portanto,
depende de recuperar a pureza da criança que fomos.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Ensaios de felicidade
Sem dúvida o maior desejo, sonho,
objetivo do ser humano é a conquista da felicidade. Para tanto empenha seus
maiores esforços seja na busca da qualificação profissional, com o que, imagina,
conseguirá atingir outro grande afã que
é a aquisição de bens materiais. Além do campo profissional e econômico, clama
o ser pelo atendimento de suas necessidades sentimentais, preenchendo um espaço
vazio, sem o qual, parece que a vida não faz sentido. Em que pese os avanços, o
atendimento das buscas antes referidas, logo percebe que a conquista da
felicidade é algo muito mais complexo, que, mesmo com o sucesso profissional, os
avanços no econômico, a presença de outro ser para completar sua figura, dos
filhos, continua a luta para combater as incessantes amarguras que povoam o
mundo interno. Ou seja, não compreende o
que é a felicidade e como construí-la. Não sabe o ser se a felicidade é um
estado, uma modalidade ou uma característica, se é algo duradouro ou
transitório. Como tudo, penso que é preciso, inicialmente, formar um conceito do que seria a felicidade, que, segundo a ciência logosofia
é “algo que a vida nos outorga através de pequenas porções de bem”. Mas então,
quais seriam estas pequenas porções de bem, como construí-las, senti-las, ampliá-las
até invadir e ocupar um grande espaço na vida. Parece, evidente,
que uma das grandes vilãs da felicidade é a ingratidão, por consequência a maior aliada é a gratidão.
É que construir estados de felicidade depende, imprescindivelmente, da satisfação
pelo que se vive, seja na luta do trabalho, no lazer, na convivência ou consigo
mesmo. Ser grato pelo momento vivido proporciona elevados estados mentais,
afastando a amargura, aproximando a paz, permitindo uma elevação mental e
sensível que nos transporta para outros níveis, transcender, superar estados de
consciência. Recordando, a cada instante, da grandiosidade desta oportunidade que é
viver, sendo grato ao ar que respiramos, a saúde que desfrutamos, ao amigos que
possuímos, aos pais, irmãos, filhos, cônjuge, ao alimento, a luz do sol, a chuva, a noite, a
cama limpinha, a mais um despertar são, sem dúvida, ensaios de felicidade.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Lições do sofrimento
Incessantemente somos
surpreendidos com acontecimentos trágicos que mutilam ou tiram a vida de
pessoas. Em que pese o esforço não é tarefa simples procurar explicar,
compreender, por quais razões,
especificamente, àqueles seres foram
escolhidos. Um dia desses lia um artigo
de um respeitável colunista, onde questionava ele, explicações, para as razões,
a luz das leis de Deus de pessoas inocentes, jovens, crianças, serem vítimas de tais fatalidades. Como
explicar a um pai, mãe, que seu filho inocente, lhes foi tirado? Onde estava
Deus que deixou tal “injustiça” acontecer? É comum ouvir explicações do tipo:
Foi a vontade de Deus. Será, então, que Deus olha para sua magnífica criação, e
escolhe, alguns, que irá tirar a vida?
Sem dúvida, devido a incompreensão á cerca de tantos acontecimentos que nos
envolvemos, temos tantas dificuldades em compreender Deus. A desculpa do
mistério é mais um falso argumento para tais dúvidas. Ocorre que, este
magnífico sistema chamado cosmos é gerido por uma série de leis universais que
ditam os rumos segundo a vontade suprema de seu criador. Por força disso, não
há escolhas divinas, somos vítimas das atuações da própria espécie. Dentre as tantas leis, uma
delas, faz repercutir em nossas vidas, inclusive, reflexos das ações dos
demais. Trata-se da Lei do conjunto. Por força desta lei, pessoas que habitam,
frequentam, transitam, vivem em determinado lugar, cultivam certos costumes,
hábitos provocam reflexos de suas ações
em pessoas que não tiveram nenhuma participação nas mesmas. Assim, inúmeros
inocentes que moram em favelas são vitimas das ações de criminosos que ali
residem. Determinadas regiões do planeta, onde se cultiva ódio racial,
religioso, uso indiscriminado de armas, lutas separatistas, faz repercutir, em
inocentes reflexos das ações de membros do conjunto. É por isso que se diz que
não basta cuidar de si mesmo, é preciso cuidar dos outros. Portanto, a única
forma de minimizar, diminuir as incontáveis cenas trágicas que atingem
inocentes, é cuidar do conjunto. Cuidar do conjunto é refletir sobre as
próprias ações e das consequências de nossos atos sobre terceiros. Cuidar do
conjunto é mudar conceitos, alimentar valores, eliminar defeitos, conhecer e
respeitar as leis universais sob pena de sofrermos, todos, as inexoráveis consequências.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Mistérios, resultado da ignorância
É comum, desde sempre, procurar
explicar àquilo que não se sabe com a justificativa do “mistério”. Aliás,
referido argumento atende, exclusivamente,
um objetivo, qual seja, a exploração, submissão em benefício de alguns.
Em que pese os inúmeros exemplos que emergem, a cada dia, demonstrando que o
que era mistério ontem, deixou de ser em virtude da luz oriunda da
inteligência, o engano continua. Ora, a ignorância humana nos fazia temer os trovões, não compreender o dia, noite, lua, sol. A
ignorância humana não conhecia o próprio corpo físico, suas doenças, males. A
ignorância humana desconhecia, inclusive, o próprio planeta, mares, ilhas, rios etc. Não
conhecíamos as razões das sacudidas da terra, tempestades, secas, chuvas. As
reflexões são inúmeras tudo o que hoje é sabido, de conhecimento corrente, foi
ontem mistério, e, somente deixou de ser quando a luz da inteligência humana
conseguiu compreendê-los. E, assim é a criação, tudo, absolutamente tudo pode e
deve ser compreendido, conhecido, estudado, descoberto, até a mais ínfima
partícula. Mesmo diante da eloquência dos argumentos, ao longo da nossa
existência, ciência e religião travam uma luta, dizendo-se em lados opostos. Tal divergência como todos os “mistérios”
também é fruto da ignorância e, muitos, dos mais magníficos cientistas, lançaram suas luzes para iluminar referido
tema, mostrando, que tudo pode ser
explicado compreendido e comprovado. O
universo é ciência pura. Nada ocorre por acaso, tudo tem causa e efeito.
Descobrir todos os “mistérios” da criação é o objetivo maior do homem na terra.
A única forma de respeitar, compreender, confiar é conhecendo, entendendo como
funcionam os mecanismos, como somos constituídos, que forças nos movem, de onde
viemos e para onde vamos. È preciso pois, extirpar as amarras dos medos, das
crenças que limitam e impedem o livre exercício das faculdades mentais,
questionar, estudar, observar, fazer ciência da própria vida. Somente o saber,
fruto dos exercícios de repetição e estudo é que afasta a escuridão, nos torna
mais fortes, seguros, confiantes, com fé
em si próprio. Sabendo deixamos de acreditar para confiar, pois quem conhece
confia.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
As batidas do coração
Inúmeros são os mecanismos
criados ao longo dos tempos para nos fazer vibrar, sentir, perceber as batidas
do próprio coração. Quanto mais nos distanciamos da natureza, mais se fazem
necessários o uso destes mecanismos para
permitir, propiciar o encontro consigo mesmo. Os exercícios de respiração,
meditação, reflexões acompanhados de uma suave melodia, possibilitam, por
alguns momentos, afastar a mente das lutas diárias, para incursionar o ser em
suas próprias entranhas. No entanto, mesmo que, por instantes, se torne possível serenar a mente, tal estado,
rapidamente é alterado, na primeira cortada de trânsito, naquela piadinha
maldosa, na recordação das dificuldades financeiras etc. Ou seja, mesmo àqueles
que buscam sentir o próprio coração tem imensas dificuldades em manter, por
algum tempo, um estado que permita
manter a mente serena, reflexiva, atenta aos movimentos do mundo interno. Por
isso não sentimos a vida, vivemos inconscientes, repetindo, sempre os mesmos
comportamentos, rotinas. Por isso, ao final de cada dia, semana, mês, pouco ou
nada fica registrado para ser recordado como momentos felizes vividos. Por isso
sentimos o vazio interno fruto da cobrança da consciência para que mudemos
nosso modo de vida, para dar a ela conteúdo, algo que possa ser lembrado com
gratidão, alegria pelo bem praticado. O fato é que somente se torna possível
ouvir as batidas do próprio coração, sentir a vida palpitar quando nos dispomos
a nos afastar das agruras provocadas pelos próprios defeitos, (amor próprio,
vaidade, rancor etc). Elevados os propósitos, conduzidos pensamentos palavras e
atos na busca de praticar o bem pelo próprio bem, sem objetivos mesquinhos,
egoísticos nos faz superar estados de consciência, nos torna leves, nos faz
viajar para zonas onde transitam outras energias, vibrações. Observar as
maravilhas da natureza, ser grato pelo ar que respiramos, recordar de todos
àqueles que nos impulsionaram com sua luz, (pais, irmãos, amigos, mestres)
também é uma forma de nos afastar dos limitados alcances das lutas mundanas.
Nutrir a mente com conhecimentos transcendentes, (aqueles que transcendem o saber comum), que
lançam luzes sobre nossa origem, destino, razões da existência, são o caminho para sentir as batidas do
próprio coração.
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