terça-feira, 29 de março de 2011

O valor da Palavra


Diariamente,  temos visto manifestações contundentes de pessoas sobre o valor de suas palavras. Normalmente, tais discursos,  objetivam a defesa de acusações  e  ou insinuações sobre  condutas  do próprio orador ou de terceiro. No entanto,  tão natural como as acusações são as confirmações da veracidade das imputações, destruindo retumbantes defesas, sempre pautadas no  “valor da palavra”.  Isso sem falar naqueles que,  sem nenhum constrangimento, prometem, garantem e asseguram  determinados resultados, sejam de ordem política,  econômica ou religiosa, da mesma forma, sem nenhum compromisso com o que dizem.  Diante de tantas palavras jogadas ao vento por  tão importante e decisiva  ferramenta de comunicação,  não mais se produzem  os efeitos esperados e naturais da preciosa manifestação humana. Sem qualquer constrangimento e ou noção da importância, um dos maiores, senão o maior patrimônio do ser,  tem sido destruído com conseqüências desastrosas  para toda coletividade. Por conta de tal descrédito, perdeu-se uma das mais importantes prerrogativas humanas,  que é a da convivência, nutrida e regada pela confiança. É tão comum  os lábios pronunciarem  palavras, negadas pela   consciência  e conduta do próprio ser. Jogamos palavras ao vento,  destruímos e maculamos nossa imagem com reiteradas  manifestações que não correspondem ao que efetivamente possuímos, somos e pensamos. Poucas são as vezes que a palavra é utilizada para construir, alegrar, nutrir, orientar, sem pretensões de benefícios pessoais. Tão importante prerrogativa deveria, ser sempre,  pautada no objetivo do bem pelo bem, representando o mais profundo pensar e sentir, jamais pretendendo ferir,  e, tendo em conta sempre,  a necessidade e oportunidade do pronunciamento. Quantas vezes nos vemos desesperados tentando recolher palavras que jogamos e que tanto mal produziram aos outros, e,  por conseqüência a nós mesmos. E, o mais penoso,  é que as feridas causadas pelas palavras, normalmente,  são produzidas em quem mais amamos, (pais, filhos, irmãos, amigos, esposa, esposo). Por isso,  é imperioso recordar que Deus nos deu dois ouvidos e uma boca, para ouvir muito mais do que falar, também nos deu uma mente e um coração por onde devem passar,  antecipadamente,  o que  será pronunciado, e, somente dito,  quando certo da necessidade, oportunidade e utilidade da manifestação.      

segunda-feira, 28 de março de 2011

O bem e o mal


Desde o nascimento, nos vemos orientados e cobrado a nos comportarmos segundo dois conceitos básicos, o bem  e o mal. De acordo com os elementos de juízo a respeito, nossos pais  avós, professores e outros seres que convivemos,  vão nos ensinando,  qual o comportamento tende para um lado ou para outro. Por conta da ignorância a respeito, muitos atribuem a Deus o bem e ao “diabo” o mal. No entanto,  tanto o bem quanto o mal fazem parte da criação, e, portanto tem a mesma origem, e,  foram criados, exatamente,  para que pudessem os seres evoluir, melhorar,  proferir juízos, julgar, decidir,  sobre a  condução da vida. Se não houvesse o mal, não saberíamos o que é o bem. Portanto, temos dentro de nós tanto o bem quanto o mal. Ocorre que, não sabemos o que é o bem e o que é o mal, a humanidade, ao longo da sua existência, tem, incessantemente,  comprovado,  que não diferencia  o que pertence a um ou ao outro. Tanto é verdade que sob o argumento do bem,  chegam ao ponto de tirar a vida do semelhante, e assim foi e continua sendo. Aliás, até aqueles que se dizem mensageiros de Deus,  mataram e continuam matando, assegurando,  em nome Dele, sem falar nas inúmeras outras maldades que fazem,   comprovando, mais uma vez, que não sabem conceituar o bem ou o mal. Dia desses,  ao fazer uma visita a uma família vizinha,  durante mais de uma hora,   enquanto conversava com o casal, um senhor, de idade avançada,  embora presente,  permaneceu por todo tempo em silêncio. Já de saída, um dos cônjuges, falou em tom alto ao idoso,  apresentando-me e dizendo quem eram meus pais. Quando me despedi, embora não tivesse ele me dirigido uma palavra, “tinha problemas auditivos”,  esse ser, apertou minha mão com força e me disse “faça o bem meu filho, faça o bem”. De lá saí inquieto,  procurando saber o porque de tal manifestação, e, após conhecer de sua trajetória da vida,  vendo nela muita maldade,  compreendi de seu desalento.  Percebi que todo dia é dia de melhorar, de direcionar cada vez mais o pêndulo para o lado do bem, a fim de que não chegue o final dos meus dias melancólicos com remorso do que vivi. O bem, segundo que compreendo,  é tudo  o que é feito em prol da humanidade, sem objetivos de êxito pessoal, sem soberba nem vaidade.   

Família, união e distanciamentos


Se olharmos para a constituição da sociedade, fatalmente,  cumpre analisar o papel da família no processo  evolutivo da espécie humana. É comum afirmar que o esteio ou suporte que mantém e sustenta a vida na terra é a família. Mas o que é família? o que une e mantém os vínculos? o que os faz cessar? Evidente que ao falar de tão importante conceito, de plano recordamos da ligação sanguínea que une os seres. No entanto, embora estreitos laços, tais identidades, não tem,  a capacidade de manter unidos e vinculados os seres. Ao contrário,  é comum o distanciamento dos mais sublimes laços de ligação, seja de pais e filhos,   irmãos, marido e esposa,  e tantos outros. Fácil constatar, portanto, que a identidade genética,  sanguínea,  não é suficiente para manter vinculados seres. Em que pese a importância dos laços, raro é, constatar e ou compreender por quais razões se distanciam,   bem como,  quais elementos mantém o vínculo.  Busquei, então, um conceito que pudesse, de alguma forma,  encaminhar uma reflexão,  e, penso que “família é a união e ou identidade de pensamentos e sentimentos”.  Compreendo que,   nenhuma família mantém-se unida quando seus membros  não comungam dos mesmos pensamentos e sentimentos, ou seja, objetivos, ideais de vida, valores, ética, moral etc. Penso que  os vínculos que verdadeiramente importam numa família não são os sanguíneos,  e sim a comunhão  e identidade no pensar e no sentir.  Como tudo,  basta observar a criação para constatar tal afirmação. Na natureza,  características idênticas, mantém unidas,  plantas, flores, animais,  etc. Assim também são as famílias de amigos, cujos vínculos são mantidos por afinidades, identidades,   pelo,  cultivo de idênticos gostos, vícios, pensamentos.  Por conta da ignorância a esse respeito, é comum  não conseguirem os seres, explicar o que os distanciou. No entanto, se observarem no seu interno, perceberão,  que pensamentos e sentimentos  promoveram  conflito  de ideais, e, mesmo que a razão não foi capaz de explicar, a sensibilidade que é um radar, captou os sinais, e, aos poucos promoveu a separação daquilo que na mente e no coração já havia ocorrido.

sexta-feira, 18 de março de 2011

DEUS ... Onde encontrá-lo ?


Nessa busca desesperada por nos entender, nos encontrar, e, mais ainda,  encontrar Deus,  corremos para os mais diversos lugares sem refletir. Não percebemos que,  independente de onde estamos Ele está conosco, ora,  não aprendemos da sua unipresença, ou seja,  presença em todo e qualquer lugar e tempo? No entando,  não o sentimos, não o compreendemos,  não o reconhecemos.  Sem compreender, buscamos contatos com as maiores energias oriundas da mente universal, e lá, por instantes,  sentimos que existe um outro mundo, mais sereno  e feliz. Refiro-me a água, a terra, o ar,  especialmente. Por que será, que nos amontoamos nas praias, com milhares de seres disputando um cantinho de areia e umas gotas d'água? Porque será que adoramos uma cachoeira, um lago limpinho, um rio, ou até um belo banho, gelado ou quentinho? Que força existe nestes elementos? E quando nos dispomos a colocar o pé na terra, sentir o seu cheiro, de preferência em áreas virgens, livre do lixo que produzimos, não vemos descarregar a energia negativa, e nos enchermos de vitalidade? A ignorância a respeito,  não nos permite pensar, sentir, e ver que tais energias emanam puras e cristalinas da fonte original, de onde viemos e prá onde vamos. Também não percebemos que inúmeros aspectos nos unem, nos indicam o caminho, nos proporcionam estabelecer e sentir influxos desta ligação. Portanto, não preciso invocá-lo, implorar por sua presença, ajoelhar-me, o caminho para o encontro deve ser de cabeça erguida, ciente de que atuo como filho dele, que sou merecedor de ser assim chamado, e suas leis atuarão independentemente da vontade deste ou daquele, porque  uma mente tão magnífica não se coaduna com a maldade do castigo ou da soberba. Se ainda assim não consigo sentir e comprovar da existência de Deus,  que tal refletir sobre o  ar, o oxigênio, porque e como funciona tal elemento? Que ligação estabelecemos com ele? Se pensarmos e recordarmos que vivemos introduzindo em nosso organismo, incessantemente,  milhares de particulas dessa grande força, se sentirmos, a maravilhosa sensação que  é capaz de produzir,  se nos dispormos a respirar percebendo nossos pulmões se enchendo dessa parte da criação,  portanto, de Deus,  mantendo, assim, íntimo contato com minha vida, posso exercitar a prerrogativa de sentir que ele existe.

Deus existe? Como saber? Onde encontrá-lo?


Embora a correria desenfreada na busca da satisfação das necessidades físicas,  seguidamente, pelas mais variadas circunstâncias, nos deparamos questionando-nos  sobre a existência de Deus. Em que pese as inúmeras alternativas oferecidas pelo mundo corrente,   definindo-o, falando sobre suas leis e até do seu endereço, dúvidas, recorrentes,  nos fazem questionar. Como ocorre com a nossa própria vida, fomos educados a procurar fora o que temos dentro de nós mesmos. Ora, não somos  filhos de Deus, e, por conta disso, não temos em nós uma parte dele?  O caminho seria então,  encontrar esta parte que nos identifica,  e,  através dela conhecer e saber de Deus. No entanto, devido a tantos enganos, tais descobertas não são tarefa fácil. Em que pese a ignorância a respeito, possível refletir, intuir, e até comprovar da sua existência. Basta observar  a sua maior prova, "a crição", e, pensar, que se existe a criação, necessáriamente,  haverá um criador. Ademais, impossível imaginar um magnífico e pefeito sistema sem uma mente capaz de cria-lo e mantê-lo em perfeito funcionamento,  embora as inúmeras tentativas  de um de seus reinos em procurar destruí-lo. Ora, possuimos um "ar condicionado" universal, que nos proporciona o prazer de sentir quatro estações,  temos o dia,  o sol, magnífico,  a nos iluminar, e  oferecer energia, temos a noite que nos dá sossego, iluminada e enfeitada   por lindas estrelas e ainda pela lua,  temos a chuva, fenômeno maravilhoso que além de propiciar o desenvolvimento da natureza,  como a lágrima, tem o poder de limpar não só ar que respiramos como nossa própria mente do cansaço com pesados pensamentos. Temos as flores, os pássaros, as borboletas, tudo criado para nos oferecer um ambiente onde  possa florescer a vida. Mesmo assim,  temos dificuldades em comprovar, encontrar e sentir a presença de Deus.  Penso que o caminho para o encontro com Ele, é mais curto que imaginamos, e, ao invés de procurar fora,  devemos olhar para dentro e encontrar a particula que nos une  e nos identifica.      

sábado, 12 de março de 2011

Oportunidades Perdidas


Dia desses, conversava com um amigo que havia sofrido uma grande perda, seu filho, com  doze anos de idade, havia falecido vítima de acidente de trânsito. Esse amigo,  lamentava,  especialmente,  pelo fato de que   o acidente ocorreu,  exatamente,  no dia em que a criança retornava das férias escolares que com ele havia passado, já que, era separado da esposa  e residia distante do menino. Em suas lamentações, recordava o amigo,  com profunda tristeza de que, embora os inúmeros pedidos do filho, não havia se disposto a atender um grande desejo  dele, ou seja, passar um dia só os dois numa pescaria. Perguntei então ao amigo se ele possuia outros filhos ao que me respondeu afirmativamente, então propus a  ele que fizesse com eles o que não havia feito com  o filho falecido, e que, recordasse a cada dia, de que os instantes de convivência perdidos jamais poderão ser recuperados.Vivemos num mundo que nos suga, diáriamente, na busca de satisfazer necessidades econômicas, e, deixamos, esquecemos de viver as coisas mais importantes da vida. Acabei de ler uma matéria sobre a trajédia no Rio de Janeiro,  um pai lamentava a perda da filha e dizia "ela não sabia o quanto eu a amava", certamente, este pai, não disse, enquanto podia, o quanto a amava. E assim é, não nos dispomos a dizer aos pais, irmãos, amigos, esposa, filhos, o quanto os amamos,  não nos dispomos, acampar, pescar,  rir e chorar, conviver, e quando nos damos conta,  perdemos as grandes oportunidades de desfrutar de tão magníficos momentos, os quais, ao final de nossos dias, serão os únicos que realmente farão a diferença, que ficarão registrados em nossa consciência, por isso, devemos lembrar sempre, a cada instante,  que tempo é vida, e que tempo perdido é vida desperdiçada  que não voltará jamais.