terça-feira, 28 de junho de 2011

Segredos prá ser feliz


                                                             
Inegavelmente,  a  busca mais incessante do ser humano é a felicidade. No entanto, embora a pretensão, pouco fizemos ou atentamos para quais elementos precisamos cultivar para que, de fato,  o objetivo seja alcançado. Primeiramente, temos dificuldades em conceituar o que seria a felicidade, ou seja, se é um lugar, um estado, uma modalidade ou característica. Normalmente,  associamos a felicidade a alguma conquista material, o carro, a casa, a viagem ou ainda relegamos o objetivo para mais tarde, na aposentadoria, como se trabalho fosse sinônimo de amargura e inércia de felicidade. Penso que a felicidade está diretamente ligada com os conceitos e objetivos que traçamos para a vida. É um estado interno, íntimo de satisfação,  reconhecimento consciente de que  os pensamentos, as palavras e os atos que pronunciamos estão de acordo com o que traçamos como metas a serem atingidas. Tal estado, somente é atingível quando o mais intimo do pensar e do sentir do ser, reconhecem e aprovam os comportamentos, atitudes, condução da vida rumo á construção de um ser melhor. Portanto, felicidade não se coaduna  com imaginação, tampouco com as distrações do mundo externo ou ainda com as conquistas materiais. Evidente que,  de acordo com o esforço e merecimento de cada um, os avanços no campo econômico propiciam melhores condições para a conquista, no entanto, o segredo está no mundo interno. Como seria triste, infrutífera  e insignificante a vida se tudo o que fizéssemos durante o percurso tivesse apenas um objetivo, ou seja,  de alcançar no final dela a felicidade. O segredo está em estabelecer objetivos para a vida, não somente no campo material, mas, especialmente,  no mundo interno, planejando e construindo um ser melhor, pensando em como gostaríamos  que fossemos lembrados após a morte, quais os elementos queremos deixar para ensinar e ajudar os outros a serem mais felizes.  Traçados os objetivos, conceituada a vida, outro segredo é ser grato,  cultivar a gratidão,  gratidão a tudo o que vivemos, desde os acontecimentos mais felizes e até os outros, pois todos eles fazem parte da vida e são úteis para aprendermos, melhorarmos. Se ao invés de reclamar, tivéssemos o habito de  receber tudo com gratidão, os problemas ficam menores, são facilmente resolvidos e superados,  a vida fica mais doce, e, portanto mais feliz. O cultivo de virtudes, humildade, serenidade, afabilidade, caridade,  o afastamento dos defeitos,  vaidade,  amor próprio, do rancor, são indicações do rumo a ser seguido. Feito isso, a vida se transforma, a felicidade deixa de ser algo distante e passa a ser sentida e vivida a cada instante, e, ao invés de relegar para o final do percurso, passa a presidir  a caminhada enquanto andamos, desfrutamos e curtimos a paisagem.  

domingo, 26 de junho de 2011

Normas da vida

                           
A vida humana em sociedade, bem sabemos,  é organizada, controlada por inúmeras regras que, escritas ou não, reproduzem a limitada compreensão das leis que regulam a criação. Conhecesse, compreendesse e  respeitasse  o homem,  a criação, especialmente, no que concerne ás leis que regulam as atividades dessa maravilha, não necessitaria de nenhuma regra a dizer o que pode ou não fazer,  sob pena de sofrer determinadas  conseqüências em sua vida. È que as normais criadas pelos homens,  decorrem, exatamente, da ausência de conhecimentos sobre o funcionamento, regulação dos mecanismos da criação, das conseqüências na vida das infrações às leis supremas. Ao longo da existência, vendo a perfeição das atividades do cosmos, e, percebendo que na convivência,  os homens,  devido a sua ignorância, produziam riscos evidentes na manutenção da própria espécie,  começaram a impor regras comportamentais, as quais, descumpridas,  culminam com sanções. Como dito, todas as regras de convivência são,  uma débil tentativa de reproduzir entre os homens, a organização perfeita do cosmos ditada por leis universais. Conhecer  e respeitar essas leis é a aspiração máxima que podemos ter.  Soubesse o homem, que todo resultado,  efeito, possui uma causa,  (lei da causa e efeito)  e que é a causa e não o efeito que deve ser compreendido, estudado a fim de não voltar a infringi-la, evitaria muitos sofrimentos. Tudo o que ocorre na vida  do ser obedece a uma causa, que pode ser conhecida, compreendida,  permitindo o cultivo do que é benéfico evitando-se o maléfico. Portanto, todas as manifestações experimentadas na vida, sejam internas ou externas obedecem,   uma origem , causa,  e a ignorância a cerca dela não nos socorre. Toda ação culmina com uma reação (Lei da correspondência),  de sorte que, ciente disso, possível saber antecipadamente, o fruto da ação intentada. Cumpre atentar ainda,  que tudo obedece á (lei do equilíbrio) de sorte que,  a ação, a reação, a correspondência  reagirão,  segundo os ditames daquela, corrigindo todo desequilíbrio. Portanto,  não é possível esperar que um pequeno esforço, resulte numa grande conquista, que um pequeno gesto represente uma  imensa conquista. Herdamos, á cada instante o que cultivamos anteriormente, (lei da herança),  tudo ocorre seguindo uma lógica (lei da lógica),  obedecendo ainda a (lei do tempo), a qual “determina os prazos de nascimentos e fim de todos os processos da criação”.  De posse de tais conhecimentos, possível saber, que tal cultivo implica em tal colheita, sua quantidade, qualidade, prazo de gestação, efeitos etc. Portanto ao invés de reclamarmos das colheitas amargas que vivemos, deveríamos cuidar mais do que plantamos, observando também,  que tudo de bom e feliz que vivemos também é oriundo do merecimento, do adequado cultivo, das virtudes individuais.   
                    

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O grande objetivo

                                                    
Desde o nascimento,  somos cobrados pelos demais sobre o nosso destino, especialmente,  no que queremos ser quando adultos. Logo depois, mesmo na infância ou na adolescência,  nós mesmos,  passamos a nos questionar sobre o futuro, sempre focados no que seremos. Todos os encaminhamentos e pensamentos são direcionados, especificamente,  na realização profissional, ou seja, se serei médico, dentista, professor, empresário etc. Além disso, alguns lampejos nos levam a pensar se iremos casar, ter filhos constituir família. No entanto, não nos é ensinado,  e, portanto não pensamos,   no que seria o grande, o maior objetivo da vida. Porque estamos aqui? Para onde vamos? Qual seria o grande objetivo desta caminhada?  Evidentemente,  que sem o encaminhamento  adequado da vida profissional, todos os demais objetivos restam prejudicados. Ocorre que,  para um bom desempenho profissional, precisa o ser,  conhecer, saber e se utilizar de inúmeros conhecimentos que nos fazem ter senso de colocação, da adequada conduta, comportamento. Àquele que não detém qualidades, capacidades internas de entender os segredos de uma boa convivência, de relacionar-se com os demais, terá imensas dificuldades,  comprometendo o encaminhamento profissional e familiar. Quais serão então os valores que devem ser cultivados? Penso que tudo está relacionado  com a compreensão  e do exercício de atributos que se coadunem com  o grande objetivo da vida.  Esse grande objetivo é o de evoluir até a perfeição. O ser humano foi criado com objetivo e, portanto com capacidade ainda  não conhecida,  de  atingir alcances muito maiores do que àqueles ligado ao aspecto econômico. Essa evolução,  de nos encaminharmos rumo ao criador, através de cultivos de  características que  nos identifiquem com Ele, é o maior objetivo da vida. Evidente que quanto mais  cultivar o ser, em sua vida, elementos de alta hierarquia, muito maiores serão os conhecimentos que detém para manejar os aspectos da vida corrente. Por isso, será fácil compreender por quais razões, idêntica origem, qualificação profissional, não implica no mesmo sucesso nos diversos ramos da vida. A diferença, o que muda na vida de cada um,  são suas qualidades internas,  relativas ao mundo superior, especialmente,  a humildade, que impõe não confiar demasiadamente em sua perícia, na possibilidade de estar equivocado,  na oportunidade de embora  o grau de instrução do ser, sempre poder aprender com o semelhante, de ouvir muito mais do que falar.  Quanto mais pensar o ser,  que o grande objetivo da vida é o de evoluir até a perfeição, de constituir-se em um ser melhor, mais harmônico, equilibrado e, portanto feliz,  muito melhores serão suas colheitas, tanto suas quanto  dos demais que o rodeiam.  Constituir-se em um ser que possa ser lembrado pelo exemplo de evolução em sua  conduta, é, portanto, o grande objetivo da vida.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Luz da vida

                                                            
                                                    
Se pensarmos a vida como uma grande estrada, com milhares de encruzilhadas, desvios, paisagens de inúmeras formas, cores, o grande desafio, objetivo dessa caminhada, seria  escolher o melhor percurso, àquele que nos ofereça as melhores imagens e nos permita  desfrutar das maravilhas nele contidas. Essa é a grande empreitada que iniciamos no dia do nascimento, “compreender a marcha e ir tocando em frente”. As dificuldades,  surgem nas inúmeras distrações encontradas  no caminho, na grande variedade de desvios, encruzilhadas,  na incapacidade de distinguir entre as imagens reais e àquelas que são fruto de quimeras,  desejos, defeitos, ou seja,  da ignorância.  Diferente é,  percorrer esse caminho num belo dia de sol, iluminando todos os recantos, permitindo uma análise detalhada, ampla das paisagens nos mais escondidos segredos. Outra coisa é o mesmo caminho iluminado pela Lua, mostrando detalhes diferentes,  sob outros ângulos,  emergindo segredos não vistos á luz do sol. No entanto,  como seria percorrer esse mesmo caminho na mais absoluta escuridão, onde nada ou muito pouco  pode ser enxergado, analisado, compreendido? Esse caminho, que é a vida, pode ser percorrido presidido pela luz  ou pela escuridão, ou com apenas alguns pequenos fragmentos de iluminação. Essa luz que permite observar, compreender, escolher as melhores opções é o conhecimento. Somente ele, o “conhecimento”, nos permite ver, compreender, decidir, julgar, posicionar-se, tomar decisões. Ocorre que,  toda capacitação recebida desde o nascimento,  nos prepara, basicamente,   para enfrentar apenas um aspecto dessa caminhada que é a vida profissional. Por conta da ausência de conhecimentos sobre nós mesmos,  especialmente, do mundo interno, das maravilhas que nele existem e que são as únicas responsáveis pela escolha do caminho adequado, andamos ás escuras, tropeçando, batendo nos obstáculos, sofrendo as agruras  dos impactos. A busca, o segredo,  para iluminar esta caminhada está em conhecer os segredos do mundo interno, “conheça a ti mesmo”, os defeitos e virtudes, as faculdades, possibilidades,  e á partir daí, conhecer o próprio criador. Mas qual escola oferece esse transcendente ensino?  Onde encontrar um método que permita  adquirir tais conhecimentos? Onde encontrar bibliografias que nos orientem a fazer tão importante iluminação? Para atingir tais objetivos existe uma escola, criada pelo pensador e humanista Carlos Bernardo González Pecotche que se chama Logosofia. Tal conhecimento, propicia a quem estuda, fazer ciência da própria  vida, possibilitando, através do estudo e da experimentação, orientado por um método de ensino, iluminar a vida, com conhecimentos de outra índole, conhecimentos que possibilitam  se conhecer, compreender  o mundo interno e  á partir daí, tudo  que ocorre no externo, e até,  no mundo transcendente, mundo das grandes idéias, origem de tudo. Tais conhecimentos estão disponíveis em inúmeros centros de estudo, inclusive em colégios que se utilizam do método para ensinar as disciplinas correntes. É possível pois,  iluminar esse caminho com a única luz que permite distinguir o verdadeiro do falso, essa luz é o conhecimento transcendente.   

domingo, 19 de junho de 2011

A lágrima

                                                     

Da mesma forma que muitos aspectos da vida, pouco ou nada sabemos ou   nos dispomos a pensar sobre a lágrima e sua importância. Certamente, a natureza masculina, por força da educação recebida, dirão que lágrima é coisa de fraco, que homem que é homem não chora. Muitos também,  associarão a lágrima ao sofrimento, a tristeza, a sensações indesejadas. Como tudo na natureza, ninguém possui a totalidade da razão, e, possivelmente,  alguns elementos de verdade estão contidos em cada uma das respostas que se possa dar a tão importante manifestação humana. É verdade que  a ausência de determinação, de coragem, valentia para enfrentar as várias lutas da vida, implica na demonstração de fraqueza, cujo choro,  poucas vezes é útil para a solução das lutas.  Também é verdade,  que a lágrima está muitas vezes associada a acontecimentos tristes os quais, não gostaria o ser de ter que experimentar.  Além dessas,  muitas outras  reflexões são possíveis sobre as causas da manifestação. No entanto, independentemente da causa,  o que importa, é pensar de sua importância, utilidade, de referido acontecimento. Como tudo na vida, é possível encontrar na natureza,  elementos em  manifestação analógica,  que propicia compreensão. Como a lágrima, a gota d’água da chuva  proporciona benefícios inestimáveis para a vida. Basta  observar quando a atmosfera está carregada de poluentes,  com oxigênio contaminado,  pesado, produzindo sensações de cansaço físico e psicológico ao ser,  os benefícios que a chuva produz. Inegável que,   preciosas gotas, produzem a limpeza da atmosfera, e,  por conseqüência nos fazem respirar melhor, nos revigoram, nos dão energia. Da mesma forma,   na terra, as gotas d’água, percorrem canais, se infiltram, nutrem e levam vida para todos os cantos. Assim também o é na vida, onde a lágrima, produz sensação de limpeza mental e sensível, afastando ou diminuindo  o peso de acontecimentos indesejados que enfrentamos.  Àqueles que conseguem produzir em suas vidas, tal manifestação, sofrem menos, administram mais facilmente as dificuldades, enfartam menos, morrem menos. Por outro lado, além dos benefícios produzidos nas adversidades, que como um bálsamo aliviam os sofrimentos, a lágrima  é  a manifestação mais sublime  da vida humana em seus instantes mais íntimos de alegria. Tal manifestação só se torna possível,  quando o ser, consagra no íntimo de seu ser, todas as energias, pensamentos e sentimentos em propósito de bem, sem egoísmo nem vaidade. A lágrima de alegria, só ocorre quando o ser afasta de sua mente e de seu coração todo pensamento ou sentimento negativo, mesquinho. A lágrima de alegria,  é substância da pureza do ser humano, fruto da humildade, do pensar elevado em sublimes estados de consciência. Exemplo disso é a lágrima dos pais ao ver o nascimento de um filho,  daquele filme que nos faz refletir sobre o quanto desperdiçamos a vida com coisas mesquinhas, da linda imagem produzida pelo pôr do sol etc.  

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Amplitude da vida


                                                           
Vivemos em busca de sensações felizes, de realizações que nos façam sentir alegria, bem estar,  ou seja, desfrutar e sentir a grandeza dessa grande oportunidade que é viver. No entanto, em que pese o esforço,  poucos são os momentos em que tais objetivos são alcançados, vivemos a maior parte do tempo inconscientes e distantes dos propósitos estabelecidos por nós mesmos.O que mais dificulta? Quais os aspectos que  precisam ser modificados? Se fizermos uma reflexão sobre nosso dia, nas vinte e quatro horas vividas, identificando quais os pensamentos predominaram neste pedaço de tempo, teremos uma idéia do que mais atrapalha. Entretanto,  é possível e preciso ser mais pontual, minucioso,  nesta análise, observando os movimentos mentais no período de uma hora, depois, nos  minutos e até nos segundos. Á partir do momento em que tiver o ser,  a capacidade de vigiar e diagnosticar os pensamentos que transitam pela mente, seja em períodos maiores,  nos minutos e até nos segundos,  será possível ter  respostas para a amplitude que se dá à vida. Atentos ao que ocorre na mente,  fácil  perceber, que no período de um minuto, inúmeros pensamentos de várias origens e índole passaram pela mente, os quais, de acordo com suas  características nos levam a desfrutar de diferentes estados psicológicos. E, assim, em períodos maiores,  centenas de pensamentos nos distraem, retiram nossa concentração e energia, desviando dos propósitos por nós estabelecidos. Tal diagnóstico,  permitirá identificar os  pensamentos dominantes, ou seja, àqueles que, repetidas vezes nos atacam e que mais se apropriam do nosso tempo, ou da nossa vida. Além dos aspectos relativos a atividade profissional ,  pensamentos “problemas”,   índole  familiar,  de terceiros,    são os que predominam.  Feito tal inventário o ser identificará  e mensurará o tempo dedicado a cada um dos pensamentos e constatará  que pensamentos “problemas” consomem a maior parte dos minutos, das horas,  dos dias, dos meses e até dos anos,  restringindo,  drasticamente a amplitude da vida. Por conta disso, a vida se limita a pequenos instantes onde o ser consegue se afastar deles.  Será possível perceber que cada um é responsável pela dimensão, tamanho do  “pensamento problema”,   determinando, desta forma,  o pedaço de vida que será dedicado a ele. Portanto,  identificados os pensamentos e o tempo a cada um dedicado será possível  controlar suas interferências,  conferindo a cada um,  o tempo e importância que efetivamente merecem. Feito isto a vida adquire outra dimensão, ou seja,  os “pensamentos problemas”  ficam limitados a sua verdadeira importância e sobra mais tempo para dedicar aos grandes objetivos  traçados, podendo por conta disso, observar mais, refletir, respirar e sentir a vida transcorrendo, desfrutando,  conscientemente,  dessa grande  oportunidade.   

terça-feira, 14 de junho de 2011

O encontro mais importante

No percurso da vida,  inúmeras são as oportunidades de desfrutar de encontros, contatos, convivência com os demais seres. Em que pese a impossibilidade de pensar a existência do ser humano sem o convívio com os demais, tais relacionamentos, geralmente,  não são aproveitados, ou seja, não se busca neles,   entendimento,  convergência,  oportunidade de compreender, de encontrar idênticas características, tendências etc.  A convivência conscientemente aproveitada é àquela em que, através da observação, procuramos no outro elementos que nos faltam para completar, melhorar a nossa figura, ao mesmo passo que se pode diagnosticar características negativas que nos permitirão não cultivá-las. Embora a importância dos contatos com os demais, o grande objetivo da vida é, na verdade,  permitir, oportunizar o grande e decisivo encontro, qual seja o encontro consigo mesmo. Todo percurso desta magnífica oportunidade que é viver, objetiva, exclusivamente, que o ser humano, consiga desfrutar da maior de todas as  alegrias que é conhecer as maravilhas do próprio mundo interno. Por mais que busque o ser,  distrair-se com os incontáveis atrativos do mundo externo, seja na atividade profissional ou lazer,  o refúgio,  único lugar em que é possível encontrar a paz, serenidade é o sublime desfrutar do encontro consigo mesmo. Independentemente do conforto, acomodações oferecidas pelo lugar que habitamos “lar”,  não há viagem, período de férias,  que o retorno, reencontro com o seu “cantinho”, não propicie grata satisfação. Assim também o é com o mundo interno, não há distrações do mundo externo que serão capazes de nos propiciar sensações duradouras de felicidade. A única e verdadeira felicidade é àquela que emerge do seu  mundo interno,  quando o encontro consigo mesmo é natural, sem enganos nem artifícios, quando nos vemos como efetivamente somos, sem vaidade nem amor próprio.  Esse encontro entre o ser e seu verdadeiro mundo  permite conhecer suas potências, virtudes e defeitos. Não há energia maior que a que emana das profundezas do ser, da consciência do dever cumprido, da grata satisfação pelas adequadas condutas.    Mas, para que isso se torne possível, é preciso querer  encontrar-se, e tal querer implica em conhecer o ser verdadeiro e não àquele,  cuja figura imaginamos, normalmente,  muito melhor e mais perfeita daquela que efetivamente é. Quando se conhece o conteúdo interno, defeitos e virtudes,  é possível saber com quais ferramentas se conta para o manejo  da vida,  colocando-se adequadamente em cada uma das circunstâncias, não nos separando do que efetivamente somos, oferecendo, por conseqüência no mais íntimo dos encontros o desfrutar da felicidade. 

domingo, 12 de junho de 2011

A única oração que importa

Ao longo da nossa evolução, a maior de todas as dúvidas foi e continua sendo, a de estabelecer contato com o Criador. Intuindo de sua existência, através da observação das inúmeras manifestações constantes da criação, sempre procurou o homem,  encontrá-lo, e,  especialmente, conversar com Ele. Muitos foram os estudiosos,  dos mais variados ramos,  que buscaram explicações, formas, mecanismos que pudessem nos colocar em  contato com Deus. Para tanto, incontáveis são os exemplos de construções milenares das mais variadas formas e tamanhos a indicar a busca do homem pelo tão esperado contato. Acreditava-se,  que uma grande obra física poderia ser vista das alturas onde estaria Ele, e, á partir disso,  a ligação, o contato seria possível. Assim o fizeram reis, ditadores, se utilizando de todo seu poder e fortuna impondo ao semelhante imensos sacrifícios na tarefa de construir “templos”, que permitissem ao  seu amo, o contato com Deus. Muitos em busca desse contato, gastaram fortunas incalculáveis, e, não tendo conseguido em vida, investiram  no pós morte, preparando  um ritual, forma e lugar onde permanecer após a cessação da vida física e aí então, efetivamente fazer o contato. Por conta dessa incansável busca humana, surgiram  incontáveis rituais, bem como seres responsáveis por estabelecer esse  contato, criando um sem número de palavras que, repetidas,  possibilitariam tal enlace. Assim, de acordo com as tradições dos povos, são cultivados os mais exóticos, estranhos e diferentes rituais, os quais, catalogados produziriam uma enciclopédia de “supostas” formas de  falar com o criador. Em que pese o esforço, até o momento, não é conhecida,  nenhuma fórmula comprovadamente aceita,  que permita, alcançar o grande objetivo.  Penso que não há e jamais haverá uma fórmula mágica que fará o homem estabelecer esse contato. E, penso,  não haverá,  porque não conhece, não sabe o homem quem é e onde encontrar Deus. Sempre o buscou do lado de fora, no alto, quando na verdade ele está dentro de cada um. E a oração que permite, oportuniza esse contato é uma só e se chama “conduta”.  Ora,  seria demais acreditar que Deus,  com seu poder supremo, necessitasse, exigisse do homem fosse Ele  enaltecido, elogiado,  propalando que ele é o tudo inclusive com práticas fanáticas, e que, então, Deus “envaidecido” pelo “ego” permitiria e admitiria o contato. Deus não seria injusto a ponto de estimular,  tolerar o homem a errar, permanecer no erro,  machucar, magoar, não se esforçar, não evoluir, sofrer,  e bastaria a repetição de alguns rituais e tudo estaria resolvido. Decididamente não, a única oração que efetivamente importa na vida,  que Deus reconhece possibilitando a  ligação com Ele é a conduta, cujo contato ser realiza por força das afinidades. Conduta que implica em cultivar pensamentos, palavras e atos que nunca queiram ferir, que não sejam egoístas, que objetivam o bem, assim entendido,  tudo àquilo que possa fazer com que as gerações futuras sejam melhores e mais felizes que a nossa.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Incessantes julgamentos

Desde o instante em que acordamos até o momento que dormimos, permanecemos,  incessantemente,  proferindo julgamentos. Todos os acontecimentos externos ou internos são objeto de análise e de veredictos, ou seja, de juízos a respeito.  Assim, ao acordar, tendo em conta as tarefas que teremos que desenvolver, julgamos,  como será o nosso dia. Da mesma forma,  nos contatos com os demais seres, qualquer manifestação é objeto de avaliação e de juízos sobre o que foi dito, sua intenção etc.  Julgamos também,  muito especialmente, os comportamentos dos outros, em relação aos encaminhamentos dos acontecimentos da vida. Neste contexto, julgamos a educação dos filhos dos outros, como cada um encara suas dificuldades, como soluciona seus problemas, sejam profissionais, pessoais, familiares etc. Natural seria,  a observação, análise de tudo o que nos rodeia, desde que  destinada ao melhoramento individual, que sempre servisse para o aperfeiçoamento pessoal, ou ainda que tivesse como objetivo,  de alguma forma,  colaborar para melhor encaminhamento dos aspectos analisados. No entanto, não é isso que ocorre, geralmente, e quase  exclusivamente,  as observações e julgamentos são feitos com objetivo de crítica, de depreciação da conduta e de enaltecimento dos atributos próprios. É comum superestimar os atributos individuais e depreciar o comportamento dos outros, sempre se auto atribuindo,  os melhores conceitos. O que não se dá conta o ser é que,  tudo o que julga, o faz com base nos conceitos, qualidades, conhecimentos,  virtudes ou defeitos que o próprio  possui. Os juízos, as razões,  os subsídios utilizados para julgar são o conteúdo do próprio ser, assim, os pensamentos que governam, ou prevalecem na mente são os encarregados de decidir á cerca de tudo o que é avaliado.  Por isso, àquele ser  que  tudo julga sob a ótica do econômico, sempre procurando levar vantagem em tudo, não consegue, não detém qualquer elemento para proferir outro julgamento que não seja ligado a tais interesses. Ou ainda,  àquele que sempre objetiva enganar os outros,  sempre concluirá que, em qualquer contato com os demais,  o propósito será  de enganá-lo. Assim, em todos os campos da vida, tudo o que é objeto da análise e conclusão terá estrita e obrigatória ligação com o conteúdo moral e intelectual do ser. O ignorante julgará tudo o que vê com os parcos entendimento que possui, assim,  o mais ilustrado, certamente  proferirá um juízo melhor sobre o mesmo ponto. Não importa o ângulo de julgamento, julgaremos com o que possuímos,  com o que somos, com os elementos que fazem parte do nosso ser. Por isso, é necessário cuidar dos juízos, observá-los, encontrar neles, identificações com  características que fazem parte do nosso ser e que normalmente escondemos ou acreditamos não possuir. Ciente disso, feriremos menos porque compreendemos que àquela é a nossa versão que pode não ser a real, sofreremos menos porque a conclusão que tiramos é apenas um ponto de um fato que pode ser visto por milhares de ângulos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Em que pensamos?

Diante das incessantes oscilações do temperamento,  necessário  conhecer o que se passa na mente, ou seja,  no que pensa o ser. Será fácil constatar que milhares de pensamentos transitam  na mente, influenciando,  interferindo, diretamente no  humor, capacidade de solução de problemas, concentração etc. Evidente, também,  que a maior parte deles  não possuem nenhuma importância  na  vida, ou seja, não dizem respeito ao próprio ser, nem  as suas  atividades, tampouco da família. Por conta disso, não deveriam, portanto, interferir, produzir incômodos, preocupações,  no entanto o fazem. Ocorre que,  no mundo que vivemos, mantemos contatos,  ininterruptamente,  com milhares de pensamentos, oriundos de inúmeras mentes que nos rodeiam. Além disso, o rádio, o jornal, a televisão, o telefone, a internet,  nos transmitem, igualmente,  grande quantidade de informações que passam a circular pela mente. Além disso,  passamos grande parte do tempo imaginando sobre atitudes e não tomamos, tampouco vamos tomar,  mas que lá no fundo nos incomodam. Imaginamos ainda soluções fáceis para muitos outros problemas que acreditamos que temos que resolver, não tendo em conta que “não existem soluções fáceis para problemas complexos”. Não satisfeitos, imaginamos outra série de problemas que sequer aconteceram,  mas,  os antecipamos e sofremos por eles. Além dos pensamentos estranhos, da imaginação, grande parte do tempo é utilizada para recordação, ou seja,  repetição mental de muitos acontecimentos passados que, de uma  ou de outra forma ficaram registrados.  Á partir de tais constatações, fácil compreender,   porque vivemos tão pouco, ou seja, percebemos tão pouco a vida transcorrendo,  o sol, a chuva, o vento, a brisa, a noite, as estrelas, a lua, esquecemos dos filhos, dos  pais, esposa,  marido,   irmãos,  amigos, do próprio mundo interno. Tudo fica tão distante.  Envolvidos, distraídos com os movimentos mentais referidos, pouco tempo resta para  reflexão, atenção, concentração, uso inteligente e consciente do tempo para a solução daquilo que efetivamente importa. Entulhado com tantas interferências,  a mente tem dificuldade para funcionar, fica limitada,  dá respostas segundo a capacidade de aprofundamento no tema proposto.  Muito diferente, produtivo, abrangente, certeiro, inteligente é a solução  quando estamos felizes. Com a mente serena, livre das interferências citadas,  as portas do entendimento  se abrem, a capacidade de encontrar soluções se amplia. Ao contrário,  tumultuada, as portas da inteligências se fecham, ficam limitadas, restritas aos desejos dos incômodos que nos acometem. Quanto tempo perdido. Quanta vida perdida. É  possível pois ter dias muito mais produtivos e felizes, basta prestar atenção, controlar tantas interferências indevidas, improdutivas que só servem para amargurar,  sem nada de útil produzir. Penso que tal controle da mente é uma das grandes chaves da felicidade, ou seja,  controlando o que ocorre nela, seremos menos  susceptíveis,  mais serenos, reflexivos  e conscientes.

domingo, 5 de junho de 2011

Ver o sol se pôr

Inegavelmente, vez em quando, por algum acontecimento mais contundente, ou ainda por alguma música que nos toca, por alguns instantes, nos propomos a ver  o sol se pôr. Penso que, a maioria dos seres já se dispôs,  muitas vezes, a  desfrutar mais dessa magnífica oportunidade  de observar um pôr do sol. Que segredo guarda essa imagem? Existe algo de especial, diferente? Inquestionavelmente a imagem é belíssima,  em que pese ofereça a natureza muitas outras e que tudo depende dos olhos de quem vê. No entanto penso que  “ver o pôr do sol”, esconde muito mais do que bela vista de um final de dia. Esconde, na verdade, a possibilidade de um encontro ou de um reencontro entre a criação e seu criado, ou seja,  a natureza e o homem. Além disso, a  bela imagem,  oportuniza ainda,  especialmente, o encontro do ser com ele mesmo, através de um processo de abstração,  no qual se afasta de tantas preocupações diárias e procura,  se observar, refletir,  serenar, compreender o quanto é magnífica a vida e o quanto deixamos de desfrutá-la. “Ver o pôr do sol” é a busca por encontrar-se,  compreender-se, conhecer-se,  situar-se neste espaço de tempo,  compreender qual é o verdadeiro objetivo dessa passagem que chamamos vida.  Embora esteja a natureza sempre nos convidando a conectar-se com ela, a restabelecer os laços que nos unem,  a buscar em sua imensidão energia, vivemos muito ocupados, tumultuados, entulhados de pensamentos, preocupações, problemas do cotidiano. A imagem do pôr do sol nos convida a reflexão, a compreender que como filhos dessa criação, nos é dado conhecê-la e desfrutar de todas as suas potências,  seja a água, a terra, o sol, o ar. Quando nos dispomos a observar a beleza e imensidão da criação, das belas imagens e oportunidades oferecidas,  percebemos o quanto são pequenos os problemas que nos afligem e mais ainda,  o quanto somos frágeis “pequenos” perto de tanta grandeza. Assim agindo, deixamos de lado, por alguns instantes, a  soberba,  a vaidade, a sensação de suficiência e de poder, para perceber da fragilidade da vida e, ao mesmo tempo da magnífica oportunidade, normalmente desaproveitada diante de tantas preocupações, que poderiam, e deveriam ser menos valorizadas. Esse encontro, reencontro,  conexão com a natureza, e, portanto, como nós mesmos,  é o grande, o maior, o único objetivo da vida, compreendido isso, não haverá mais espaço para a tristeza, para a amargura, para o mau humor,  rancor e tantos outros pensamentos e sentimentos  negativos. Ver o pôr do sol é dispor-se a, além dos olhos, especialmente, se utilizar,  da mente e do coração para pensar e sentir o quanto somos privilegiados, de  quantas maravilhas nos são oferecidas e de quanto as esquecemos e desaproveitamos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ganhar ou perder, merecimento


Naturalmente, vivemos avaliando a trajetória percorrida, não só a individual como a dos demais seres,  especialmente,  sobre as vitórias ou derrotas, nas várias lutas que nos envolvemos. Penso que as derrotas são fruto da ignorância, do desconhecimento,  do  despreparo na condução do processo, seja ele de qualquer índole. Por outro lado, o êxito decorre da qualificação, da adequada colocação nas situações vividas. Nada ocorre por acaso, tudo é fruto de qualificação, esforço e merecimento. Em que pese tais constatações,  é comum atribuir aos outros a responsabilidade pela condução das empreitadas da vida, esquivando-se, omitindo-se no  direito\dever de ser o único dono do próprio destino. Nas mais variadas tarefas, ao invés de buscar o conhecimento, a capacitação, devido ao comodismo, a propensão ao fácil, a falta de vontade,  transfere-se aos outros resolução dos problemas. No entanto, o que mais  impressiona  é a prática de atribuir a  Deus a responsabilidade. Aliás, tal comportamento é comprovado no dito popular “se Deus quiser”, como se algumas coisas ele quisesse e outras não,  se a ele competisse conduzir uns a vitória e outros a derrota. É tamanho o absurdo que em qualquer esporte, é comum  o atleta  adotar rituais e transferir a Deus o destino de sua tarefa. Ora, como é possível crer que Deus em sua imensa sabedoria e poder, criador de tudo quanto existe, fosse se intrometer dessa  forma  na vida dos seres,  posicionando-se a favor de alguns e contra os outros, fazendo jogadas, interferindo nas mais variadas disputas  que nos envolvemos? Seria Deus “galo”, “índio”, “leão”, “tigre”, “marinheiro”, ou  outro time de futebol de Santa Catarina? Ou ainda, em  nível nacional, qual time é o Divino? Isso, sem esquecer que em todos os esportes a prática é a mesma,  tudo é responsabilidade Divina. Pensando no planeta como um todo, Deus interferindo e jogando no mundo todo,  nos mais variados esportes, fazendo uns sofrerem, outros rirem, dando   a uns o sucesso, a outros o fracasso. Que Deus seria este que se utilizaria de seus poderes para beneficiar uns e prejudicar outros?  Esses conceitos equivocados, impregnados na cultura,  são a causa  de tantos descaminhos, fazendo com que  deixe o ser de empenhar os necessários esforços para a conquista de seus objetivos bem como de assumir a responsabilidade que lhe compete.  É preciso aprender que somos os únicos responsáveis pelo nosso destino, pelos fracassos e pelos sucessos, que Deus em sua magnífica grandeza, jamais  iria intervir nos aspectos que somente a capacitação individual ou coletiva dizem respeito.