Todos os empenhos, esforços, que dedicamos, objetivam, especialmente, a conquista da felicidade. Trabalhamos muito, pensando no conforto próprio e familiar, na segurança atual e futura. Travamos árduas lutas contra tudo o que imaginamos atentar contra os objetivos traçados. As preocupações são ininterruptas, sugam nossos dias, noites, finais de semana e até férias. Mesmo diante das inequívocas comprovações da evolução patrimonial, dos avanços alcançados na conquista da citada segurança atual e futura, continuamos amargurados, depositando em novos e decisivos patamares o desfrutar da felicidade. Se observarmos e consultarmos qualquer semelhante, em idade avançada, veremos que se tivessem a oportunidade de refazer o caminho, muito dele seria diferente. É que a felicidade, o sabor da vida é experimentado durante a caminhada, são as paisagens que vamos encontrando pelo percurso que vão nos oferecendo felizes sensações. No entanto, estamos concentrados em nossos objetivos e não percebemos, não valorizamos, e, portanto deixamos de desfrutar das inefáveis sensações. Ocorre que a mente absorve integralmente a vida, sufocando a sensibilidade que é o radar que capta e faz vibrar a alma. Se quisermos desfrutar de instantes de felicidade precisamos, criar condições, permitir atuações sensíveis. A sensibilidade depende de elevação de propósitos, de pureza, de consagração íntima sem qualquer interferência de pensamentos estranhos. Para tanto é preciso elevar-se, afastar da mente pensamentos estranhos, cultivar gratidão pelo instante vivido, deixar que a energia invada os mais distantes rincões internos. A conquista da felicidade, depende, necessariamente, de permitir, perceber, sentir a vibração do mundo interno, é dele que emergirão as mais gratas e felizes sensações. Para tanto é preciso ultrapassar os estados precários de atuação da mente, transcender, superar barreiras que nos limitam, que impedem de sentir vibrações internas as quais podem se conectar com os semelhante e até com a própria vida universal.