Forças que nos conduzem

 

 Em que pese o avanço da ciência, até o momento, não tem o homem conseguido explicar a origem e o destino da vida. Tampouco foi capaz de entender como funciona esse perfeito sistema chamado cosmos, com milhares de planetas, estrelas, sol, luz, oxigênio etc. Porque nascemos, crescemos e morremos? Qual a importância da vida humana? Porque embora da mesma espécie,  somos diferentes uns dos outros? Que forças nos unem ou nos separam?  O destino está traçado ou é construído pelo próprio indivíduo? Por conta da ignorância a respeito, floresce e continua se multiplicando em nosso meio,  exploradores que se dizem detentores de informações privilegiadas, porta-vozes do além. Ao longo da existência, através do temor, inculcou-se que era proibido pensar, questionar, evoluir, buscar o conhecimento. Por conta disso,  mentes brilhantes foram eliminadas, repercutindo até os dias atuais, através de diferentes métodos, limitações ao livre exercício das faculdades humanas. A falta de conhecimento sobre as forças que nos conduzem, não impediram e não impedirão que continuem elas a agir no seu tempo e modo. Por isso a maior empreitada que pode realizar um ser humano é conhecer essas forças que nos conduzem, para que, uma vez sabendo,  possa conduzir sua vida de acordo com elas. Ciente disso, não terá que lamentar as amarguras dos erros, dos desvios, fracassos, tristezas e angústias. É que,  neste sistema,  nada acontece por acaso tudo tem  causa e efeitos. Portando, cada movimento humano, em pensamentos, sentimentos, palavras ou atos, irá produzir efeitos,  os quais,  podem estar de acordo ou contrários a essa grande energia que nos guia. Quando o movimento for contrário, sofrerá as consequências em seu tempo e modo a fim de recolocar dentro do rigor dos processos cósmicos. Assim, como tudo se cumpre segundo um processo rigoroso, cada cultivo receberá no devido tempo sua colheita. A ignorância, o arrependimento, repetir palavras, gestos não produzirão nenhum efeito, as leis universais irão agir inexoravelmente. Caso assim não fosse não haveria razão de existir da espécie.

O píor inimigo

 

Observando nas inúmeras manifestações que nos rodeiam,  percebe-se a preocupação constante com  a suposta possibilidade de ser derrotado por forças de terceiros.  Tal constatação, demonstra,   por quais razões estamos tão distantes das maiores conquistas que podemos alcançar no percurso da vida. Aliás, a ignorância é tanta que chegamos ao ponto de acusar o próprio criador pelos nossos fracassos. É comum encontrar frases do tipo “A tua inveja é o combustível do meu sucesso”,  “se Deus é por nós quem será contra”,  e outras tantas que demonstram o quanto estamos enganados à cerca do maior inimigo das conquistas pessoais. Faz parte da cultura atual, alimentada ao longo do tempo,  atribuir a fatores alheios as causas pelos fracassos pessoais. Embora os sábios conselhos chamando atenção para as chaves que abrem as portas para os mais elevados graus do saber, e, portando do domínio dos rumos a serem seguidos a fim de atingir o cume em qualquer uma das vidas (pessoal, familiar, social, profissional),  preferimos o caminho mais fácil que é responsabilizar os outros pelos fracassos. Referidos conselhos, indicam que é no mundo interno, ou seja, dentro de cada um que todas as respostas podem ser obtidas, para tanto, é necessário iluminar o caminho com a luz do conhecimento para que se torne possível identificar a verdade e o erro, discernir o verdadeiro do falso. Portanto, o pior, o maior inimigo, o responsável pelos fracassos, angústias, tristezas, sofrimentos,  é o próprio ser, ou seja,  sua ignorância.  Ignorar é não saber, não conhecer, não possuir os elementos que propiciam a correta decisão. Os inimigos do sucesso,  da  felicidade são a ignorância, falta de vontade,  de  esforço,   em tornar-se um ser mais inteligente que saiba decidir pelo melhor. Os maiores inimigos são as deficiências, (vaidade, amor próprio, soberba, falta de vontade) que impedem de enxergar as limitações  e  lutar para conquistar a sabedoria.  Só o fato de saber que nada se sabe já é suficiente para evitar muitos sofrimentos.