Penso que não existiu e não existirá na criação um ser humano que não tenha, pelo menos em algum momento da vida, experimentado sensações do amor. Mas o que será o amor? Como se manifesta? Qual o seu endereço? Como dito e repetido, a ignorância humana à cerca de sua própria constituição, nos impõe muitos sofrimentos, frustrações, e nos priva de desfrutar e conhecer as mais inefáveis sensações. Por conta disso, não sabemos conceituar e compreender do funcionamento de nossas faculdades, seja da mente, (pensar, recordar, imaginar, intuir...),ou do coração, (amar, sofrer, perdoar...). Por conta dessa ignorância, em nome do amor, o homem cometeu e continua cometendo, as mais temíveis insanidades, inclusive de eliminar a vida do semelhante. O amor nasce de um pensamento, que foi condensado no coração, e que só se manifesta quando o pensar e o sentir permitirem, criarem condições para sua atuação. É bem verdade que, devido aos fatores antes apontados, o mais comum, é “ sofrer por amor”, confundindo essa preciosa faculdade com “paixão, desejo” e outras manifestações do instinto que nenhuma relação possuem. Amor é algo sublime, puro, pensado e sentido, tendo como exemplo mais evidente o dos pais em relação aos filhos. A conquista da felicidade, do desfrutar das mais belas sensações humanas, dependem, da atuação desta faculdade, em todas as atividades diárias. Trabalhar com amor, vibrar, percebendo, ao final, a beleza do resultado do esforço. Amar a convivência, a casa quentinha, a cama cheirosa, o banho, o sol, a lua, as estrelas, o oxigênio que respiramos. Ter em conta que isso só acontece quando a mente permite, quando os defeitos, (vaidade, amor próprio) e tantos outros se ausentarem. É preciso cultivar condições internas que permitam o amor se manifestar, serenar, refletir, recordar da grandiosidade da vida, que somos perecíveis, da bondade do criador, das inúmeras oportunidades oferecidas. Consagração intima e pura, assim ocorrem ás manifestações do amor.
