Assim que nascemos passamos a
sofrer influências de tudo o que nos rodeia. Independentemente de compreender
os acontecimentos externos, são eles os responsáveis pelas sensações felizes ou
tristes que experimentamos na infância. Assim que começamos a compreender um
pouco do mundo, procuramos com ele estabelecer todo tipo de contato, ligação,
seja com a terra, a chuva, os raios do sol ou da lua. Assim também fizemos com
todos àqueles que encontramos pelo caminho, como é fácil fazer amigos, brincar,
construir sonhos em conjunto, viajar pela vida. Nos importamos com tudo, o
sofrimento dos outros nos incomoda, procuramos, de todas as formas
minimizá-los, é comum ver uma criança tentando distrair um pai ou uma mãe
triste, um irmão ou amigo chateado. No entanto, o tempo passa, crescemos e
passamos a nos importar menos com os outros, com tudo o que vemos, assistimos
ou ouvimos. Com o tempo ficamos indiferentes, já não nos importamos com as
tragédias, as doenças alheias, as tristezas e amarguras de tantos que sofrem.
E, assim vamos secando, deixando de sentir para apenas usar a mente. Em que
pese esta tendência nefasta dos seres humanos,
para a vida nada deve ser indiferente, tudo deve ser motivo de estudo de
aprendizado, de colaboração quando for possível. Vida é atividade, é
estabelecer relações, ver, ouvir,
sentir, observar, refletir, compreender e, se possível contribuir para o bem.
Nada deve passar pela vida indiferente,
a indiferença é a própria morte é a ausência de vida.
domingo, 30 de junho de 2013
domingo, 23 de junho de 2013
As sensações vividas e suas origens
Sonhamos com sossego, com paz,
com vibrantes momentos de alegria. Sonhamos em recebermos abraços beijos,
felicitações, agradecimentos. Sonhamos em sermos reconhecidos pela importância
que acreditamos ter na vida do outro, na sociedade. Sonhamos em falar com Deus,
sentir sua presença, comprovar de sua existência. Em que pese os sonhos
vivemos, normalmente, amargurados por não desfrutarmos das belas
sensações que acreditamos merecer. Reclamamos por não recebermos o devido reconhecimento seja no
âmbito familiar ou social. Ao mesmo tempo, em que pese a intuição que
nos indica da presença de algo superior, constantemente, duvidamos da sua existência, seja por não
recebermos o que acreditamos merecer, seja por vermos os outros realizando seus
sonhos em detrimento de nossos fracassos ou ainda por exigirmos provas de sua
presença e não encontrarmos. Referidos estados, modalidades ou características
individuais são uma constante na sociedade em que vivemos, carente de recursos internos que nos permitam
conhecer nossas próprias potências, virtudes, defeitos. Tal carência de
conhecimentos, impede a compreensão do
funcionamento deste magnífico sistema chamado cosmos, especialmente das leis
universais que regulam todos os movimentos
inclusive e especialmente a vida de cada um de nós. Tais conhecimentos
“transcendentes” uma vez alcançados permitirão a cada um conduzir seu próprio
destino com mãos firmes rumando pelos caminhos escolhidos sem qualquer
equívoco, com domínio absoluto dos
pensamentos e sentimentos que serão experimentados, do conceito formado, do
cultivo deixado.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
A uníca prova de grandeza
Durante os milhares de anos da
existência humana, temos vivido uma constante transformação no modo de vida,
especialmente, em virtude dos grandes
avanços na área da ciência, propiciando um modelo totalmente diferente do
original, certamente, jamais imaginado.
Em que pese os decisivos avanços em todos os sentidos, inclusive no grau de inteligência
humana, os valores, que demonstram a grandeza de um ser continuam inalterados.
Inegável da passagem por esta dimensão de inúmeras mentes brilhantes, seja nas artes, ciência, conhecimentos
transcendentes. Impossível, não lembrar,
dos grandes pensadores que até hoje
guiam a humanidade com seus ensinamentos produzidos muito antes dos avanços
antes referidos. No entanto, como dito, até hoje a avaliação da grandeza de um
ser não depende, exclusivamente, dos domínios de um mister, de uma grande
descoberta. Também não dependem do grau de inteligência corrente, àquela utilizada para as atividades cotidianas
da vida material. Ou seja, a grandeza de
um ser, não decorre do cargo que ocupa,
o poder atribuído no exercício de uma
função, tampouco o grau de evolução intelectual para resolver os misteres da vida comum. Aliás, não é raro encontrar o detentores do poder
impondo seus defeitos, sua arrogância, se mau humor, fruto de suas próprias
frustrações aos outros, justamente pela situação que desfrutam.
Independentemente do cargo, da função, do poder, do grau de inteligência, da
quantidade de bens materiais acumulados, a única prova de grandeza de um ser
são seus valores, ou seja, sua conduta, onde não atua a “persona”
e sim a individualidade, o “doce ente”
da humanidade, àquele que busca com suas palavras, ou silêncio, ações ou
omissões, cumprir os seus deveres, sempre pensando no bem pelo bem mesmo, sem egoísmo,
vaidade, amor próprio, colaborando para que o outro e o mundo sejam melhores e
mais felizes.
domingo, 16 de junho de 2013
A mais difícil reflexão...
Embora a correria do dia a dia,
certamente, em determinados momentos, somos chamados pela consciência a fim de
dedicar alguns instantes refletindo sobre aspectos relacionados ao que vivemos
ou deixamos de viver. Imperioso recordar que, como diz o próprio termo, tal
comportamento implica em “flexionar”
as próprias entranhas. Para que isso se torne possível é imprescindível
construir um estado mental e sensível elevado que permita olhar para dentro de
si próprio como mero expectador. Ou seja, é como observar do alto, sem qualquer
interferência, os detalhes de uma
imagem, figura, interpretando e compreendendo cada partícula analisada. Não é
tarefa fácil. Normalmente, a vida passa
e nos conformamos em olhar por fora a
figura que supomos ser, e que construímos para representar no dia a dia.
Por conta disso, dificilmente conseguimos separar o que de fato somos e
possuímos de verdade daquilo que representamos, do tipo que forjamos para o externo. Difícil, inclusive,
lembrar da criança que fomos, dos sonhos, desejos, daquele ser verdadeiro
autêntico. Neste contexto, resta difícil, senão quase impossível avaliar o que
somos de verdade o que temos de defeitos e virtudes. Certamente, a mais difícil
reflexão é àquela em que se dispõe o ser, verdadeiramente, a descobrir seus
defeitos, as falhas de caráter que tanto mal fazem a si mesmo e aos demais.
Conhecê-las é o único caminho para melhorar a própria figura.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Antes que seja tarde
Há pouco, lia uma matéria que
relata as experiências vividas por uma enfermeira que cuidava de doentes terminais.
Referida profissional, em virtude de seu mister, presenciou inúmeras manifestações, confissões
de seus pacientes, especialmente, dos
arrependimentos pelo que fizeram ou deixaram de fazer. Tais confissões viraram um
livro e, certamente, nos oferecerão,
mais uma vez, inúmeros elementos para revermos nossa forma de vida. Impossível
não lembrar, daquela canção que a todos
toca, quando, por alguma razão, olhamos para nós mesmos inconformados com o que
vivemos e ou deixamos de viver e fazer. “devia
ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer, ter feito o que eu
queria fazer...” Ocorre que, raramente, nos dispomos a olhar para nós mesmos, sem
enganos, a fim de avaliar o modo de vida que levamos, como tratamos nossos
entes queridos, que cuidados dedicamos ao nosso próprio ser. Tais
acontecimentos, que deveriam presidir
todos os momentos vividos a fim de julgar
se o comportamento está de acordo com àquilo que se deseja para a vida, somente
ocorrem, quanto algo álgido, grave,
trágico nos toca, seja balançando nossa própria saúde ou a de alguém próximo. É
preciso ativar a consciência, vigiar os pensamentos e atos, confrontá-los com àquilo que se deseja para a
vida, como gostaríamos de ser lembrados,
qual herança será deixada, quais serão
as recordações que virão a mente nos últimos instantes de vida, se de dor e arrependimento ou de alegria e gratidão
pelo vivido.
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