domingo, 30 de junho de 2013

O mal da indiferença



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Assim que nascemos passamos a sofrer influências de tudo o que nos rodeia. Independentemente de compreender os acontecimentos externos, são eles os responsáveis pelas sensações felizes ou tristes que experimentamos na infância. Assim que começamos a compreender um pouco do mundo, procuramos com ele estabelecer todo tipo de contato, ligação, seja com a terra, a chuva, os raios do sol ou da lua. Assim também fizemos com todos àqueles que encontramos pelo caminho, como é fácil fazer amigos, brincar, construir sonhos em conjunto, viajar pela vida. Nos importamos com tudo, o sofrimento dos outros nos incomoda, procuramos, de todas as formas minimizá-los, é comum ver uma criança tentando distrair um pai ou uma mãe triste, um irmão ou amigo chateado. No entanto, o tempo passa, crescemos e passamos a nos importar menos com os outros, com tudo o que vemos, assistimos ou ouvimos. Com o tempo ficamos indiferentes, já não nos importamos com as tragédias, as doenças alheias, as tristezas e amarguras de tantos que sofrem. E, assim vamos secando, deixando de sentir para apenas usar a mente. Em que pese esta tendência nefasta dos seres humanos,  para a vida nada deve ser indiferente, tudo deve ser motivo de estudo de aprendizado, de colaboração quando for possível. Vida é atividade, é estabelecer relações,  ver, ouvir, sentir, observar, refletir, compreender e, se possível contribuir para o bem. Nada deve passar pela vida indiferente,  a indiferença é a própria morte é a ausência de vida.

domingo, 23 de junho de 2013

As sensações vividas e suas origens






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Sonhamos com sossego, com paz, com vibrantes momentos de alegria. Sonhamos em recebermos abraços beijos, felicitações, agradecimentos. Sonhamos em sermos reconhecidos pela importância que acreditamos ter na vida do outro, na sociedade. Sonhamos em falar com Deus, sentir sua presença, comprovar de sua existência. Em que pese os sonhos vivemos,  normalmente,  amargurados por não desfrutarmos das belas sensações que acreditamos merecer. Reclamamos por  não recebermos o devido reconhecimento seja no âmbito familiar  ou social.  Ao mesmo tempo, em que pese a intuição que nos indica da presença de algo superior, constantemente,  duvidamos da sua existência, seja por não recebermos o que acreditamos merecer, seja por vermos os outros realizando seus sonhos em detrimento de nossos fracassos ou ainda por exigirmos provas de sua presença e não encontrarmos. Referidos estados, modalidades ou características individuais são uma constante na sociedade em que vivemos,  carente de recursos internos que nos permitam conhecer nossas próprias potências, virtudes, defeitos. Tal carência de conhecimentos,  impede a compreensão do funcionamento deste magnífico sistema chamado cosmos, especialmente das leis universais  que regulam todos os movimentos inclusive e especialmente a vida de cada um de nós. Tais conhecimentos “transcendentes” uma vez alcançados permitirão a cada um conduzir seu próprio destino com mãos firmes rumando pelos caminhos escolhidos sem qualquer equívoco,  com domínio absoluto dos pensamentos e sentimentos que serão experimentados, do conceito formado, do cultivo deixado.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A uníca prova de grandeza



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Durante os milhares de anos da existência humana, temos vivido uma constante transformação no modo de vida, especialmente,  em virtude dos grandes avanços na área da ciência, propiciando um modelo totalmente diferente do original, certamente,  jamais imaginado. Em que pese os decisivos avanços em todos os sentidos, inclusive no grau de inteligência humana, os valores, que demonstram a grandeza de um ser continuam inalterados. Inegável da passagem por esta dimensão de inúmeras mentes brilhantes,  seja nas artes, ciência, conhecimentos transcendentes. Impossível,  não lembrar,  dos grandes pensadores que até hoje guiam a humanidade com seus ensinamentos produzidos muito antes dos avanços antes referidos. No entanto, como dito, até hoje a avaliação da grandeza de um ser não depende,  exclusivamente,  dos domínios de um mister, de uma grande descoberta. Também não dependem do grau de inteligência corrente,  àquela utilizada para as atividades cotidianas da vida material.  Ou seja, a grandeza de um ser,  não decorre do cargo que ocupa, o poder atribuído  no exercício de uma função, tampouco o grau de evolução intelectual para resolver  os misteres da vida comum. Aliás,  não é raro encontrar o detentores do poder impondo seus defeitos, sua arrogância, se mau humor, fruto de suas próprias frustrações aos outros, justamente pela situação que desfrutam. Independentemente do cargo, da função, do poder, do grau de inteligência, da quantidade de bens materiais acumulados, a única prova de grandeza de um ser são seus valores, ou seja,  sua conduta, onde não atua a “persona” e sim a individualidade,  o “doce ente” da humanidade, àquele que busca com suas palavras, ou silêncio, ações ou omissões, cumprir os seus deveres, sempre pensando no bem pelo bem mesmo, sem egoísmo, vaidade, amor próprio, colaborando para que o outro e o mundo sejam melhores e mais felizes.

domingo, 16 de junho de 2013

A mais difícil reflexão...



 
 Embora a correria do dia a dia, certamente, em determinados momentos,  somos chamados pela consciência a fim de dedicar alguns instantes refletindo sobre aspectos relacionados ao que vivemos ou deixamos de viver. Imperioso recordar que,  como diz o próprio termo,  tal  comportamento implica em “flexionar” as próprias entranhas. Para que isso se torne possível é imprescindível construir um estado mental e sensível elevado que permita olhar para dentro de si próprio como mero expectador. Ou seja, é como observar do alto, sem qualquer interferência,  os detalhes de uma imagem, figura, interpretando e compreendendo cada partícula analisada. Não é tarefa fácil. Normalmente,  a vida passa e nos conformamos em olhar por fora a  figura que supomos ser, e que construímos para representar no dia a dia. Por conta disso, dificilmente conseguimos separar o que de fato somos e possuímos de verdade daquilo que representamos, do tipo que  forjamos para o externo. Difícil, inclusive, lembrar da criança que fomos, dos sonhos, desejos, daquele ser verdadeiro autêntico. Neste contexto, resta difícil, senão quase impossível avaliar o que somos de verdade o que temos de defeitos e virtudes. Certamente, a mais difícil reflexão é àquela em que se dispõe o ser, verdadeiramente, a descobrir seus defeitos, as falhas de caráter que tanto mal fazem a si mesmo e aos demais. Conhecê-las é o único caminho para melhorar a própria figura.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Antes que seja tarde



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Há pouco, lia uma matéria que relata as experiências vividas por uma enfermeira que cuidava de doentes terminais. Referida profissional, em virtude de seu mister,  presenciou inúmeras manifestações, confissões de seus pacientes, especialmente,  dos arrependimentos pelo que fizeram ou  deixaram de fazer. Tais confissões viraram um livro e, certamente,  nos oferecerão, mais uma vez, inúmeros elementos para revermos nossa forma de vida. Impossível não lembrar,  daquela canção que a todos toca, quando, por alguma razão, olhamos para nós mesmos inconformados com o que vivemos e ou deixamos de viver e fazer. “devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer, ter feito o que eu queria fazer...” Ocorre que, raramente,  nos dispomos a olhar para nós mesmos, sem enganos, a fim de avaliar o modo de vida que levamos, como tratamos nossos entes queridos, que cuidados dedicamos ao nosso próprio ser. Tais acontecimentos,  que deveriam presidir todos os momentos vividos a fim de  julgar se o comportamento está de acordo com àquilo que se deseja para a vida, somente ocorrem,  quanto algo álgido, grave, trágico nos toca, seja balançando nossa própria saúde ou a de alguém próximo. É preciso ativar a consciência, vigiar os pensamentos e atos,  confrontá-los com àquilo que se deseja para a vida, como gostaríamos  de ser lembrados, qual herança será deixada,  quais serão as recordações que virão a mente nos últimos instantes de vida, se de  dor e arrependimento ou de alegria e gratidão pelo vivido.