Incansavelmente sabido, que um dos maiores poderes que detém a espécie
humana é a palavra. Manifestação esta,
somente a nós oferecida. No entanto, como todos os valores mais
importantes e preciosos disponíveis nesta magnífica oportunidade que é a vida,
a ela não se dá a importância que merece.
Limita-se, a servir de veículo para as mais mesquinhas e desnecessárias
manifestações, fruto de pensamentos que cruzam a mente e que sequer sabemos de
onde vieram e para onde vão. Na verdade, nos acostumamos a verbalizar,
expressar tudo o que nos vem a mente, sem, ao menos, fazer a menor reflexão
sobre o que será dito, sua importância, pertinência, momento, consequências,
benefícios e malefícios decorrentes. Ao contrário, se observarmos em nós mesmos e nos
semelhantes, facilmente, constataremos, que a grande maioria das palavras pronunciadas
não tem nenhum conteúdo, importância, seja para quem expressa ou para quem
ouve. A quase totalidade das manifestações, são fruto de pensamentos alheios, fofocas,
repetição de acontecimentos, trágicos, sofrimentos de outros, relacionamentos
familiares, julgamentos e pré-julgamentos, ataques pessoais, juízos e valores
tendenciosos e pré-meditados para ferir, machucar, inculcar conceitos negativos
àqueles que, de uma ou outra forma queremos prejudicar. Poucas, raras são as
palavras, pensadas, refletidas, produzidas com objetivo altruísta de construir,
colaborar, tornar o ambiente mais agradável doce e feliz. Raras são as
manifestações que carregam pedaços da própria vida, experiências vividas,
aprendizados, cujas expressões, por
serem fruto do saber, procuram evitar sofrimento e ou ensinar a viver. A
convivência humana, portanto, uma das maiores prerrogativas de aprendizados, tornou-se um instrumento de demonstrações de
vaidades, julgamentos precipitados, tendenciosos e negativos. Além disso, tem
servido para a transmissão de pensamentos que sequer se sabe a origem, mas que,
objetivam, causar temor, sentimentos
negativos, sofrimentos, preocupações. Excepcionais são as oportunidades em que
a palavra é usada para construir, confortar, orientar com conhecimento de
causa, transmitir sentimentos verdadeiros, fragmentos da própria vida. Exceção
é o uso da palavra para falar da vida,
seu conceito, do que cada um esta fazendo para torná-la um exemplo, conhecimentos sobre
as próprias entranhas e a partir delas acessar idênticas potências que palpitam
na vida universal que nos rodeia, interpenetra e, da qual podemos fazer parte
em maior ou menor grau segundo seja a evolução alcançada.
domingo, 30 de março de 2014
domingo, 23 de março de 2014
Devoradores de energia
Mesmo não dedicado um
instante para refletir sobre as próprias energias, fontes, devoradoras,
percebemos, diariamente, especialmente, as
grandes debilidades causadas por fatores muitas vezes não percebidos.
Naturalmente, uma boa noite de sono, propicia, que as energias sejam recarregadas, embora não
tenhamos a menor consciência de como isso ocorre. Poderiam, muitos,
pensar, que o simples fato de não gastar
energias físicas durante o repouso seria a razão que explicaria as baterias
recarregadas pela manhã. No entanto, cumpre refletir sobre os grandes
devoradores, para perceber, que não são eles físicos e sim psicológicos,
ou seja, mentais e sensíveis. Basta observar para a atividade desenvolvida por
cada um de nós, raramente com exigências de esforço físico, usamos,
basicamente, a mente e, mesmo
assim, sentimos a grande destruição de
nossas forças. Muitas vezes, já pela manhã, no primeiro embate sentimos que
todas as nossas forças desapareceram, nos sentimos esgotados, cansados, sem
vontade de continuar as várias lutas que ainda virão. Fácil perceber, então,
que os grandes devoradores de nossas energias não são os esforços físicos, ao
contrário, uma atividade de lazer,
(futebol, vôlei, tênis) etc, nos revigora, de tal forma,
que nos sentimos jovens cheios de energias, pronto para novas batalhas. É preciso, portanto, atentar para os grandes devoradores de nossas
forças, responsáveis por tantas angústias sofrimentos, redução da capacidade
intelectual e até doenças. Dentre os grandes devoradores, destacam-se, os
pensamentos, sejam próprios ou alheios, inquistados ou que transitam por nossa
mente, deixando um rastro de destruição. Além deles, a palavra é outra grande
devoradora, seja a pronunciada que repercutirá, através da lei da correspondência, em nós mesmos, a mesma
energia negativa nela impregnada, bem como aquelas que ouvimos. Assim também em
relação a nossos atos e até nos simples olhares que nos produzem julgamentos,
observações com grandes reações no mundo interno. Ou seja, somos nós mesmos os
responsáveis pela destruição de nossas energias internas, bastando cuidar de
nossos pensamentos, palavras, atos, imagens captadas, não produzindo
precipitados julgamentos, tampouco proferindo desnecessárias e destrutivas manifestações,
ou ainda tomando atitudes que retornarão e debilitarão nossas forças.
domingo, 16 de março de 2014
Credenciais para a felicidade
Mesmo os mais céticos,
pessimistas, amargurados, mal humorados,
rancorosos, possuem, em seu mundo interno, uma chama que clama por fazer parte da vida.
Trata-se de característica, fragmento,
da vida cósmica e universal que palpita em toda criação, e, que,
portanto, faz parte de nossa
constituição. Em que pese sua inquestionável presença, por conta das
equivocadas influências oriundas das crenças, pré-conceitos, educação, ao longo
de toda civilização, foi sendo aos poucos sufocada no interno de cada um. Trata-se do sentimento mais nobre e puro que
pode experimentar o ser humano, o qual
nos torna divinos, efetivos membros deste magnífico sistema. Falo do amor. O
amor que ao longo dos tempos foi tão desvirtuado, confundido com paixões, com
os piores sentimentos que levam os homens a tirarem a vida um dos outros, impinge
os mais indesejáveis sofrimentos em seu nome. Como ocorre, com centenas, milhares de conceitos, os
interesses, as vaidades, e tantas características negativas, foram, aos poucos, moldando, alterando sua essência para torná-la
numa simples palavra dita ao vento, a qualquer momento, por circunstâncias
banais, sem que, o interno do ser, tenha
qualquer participação no que foi verbalizado ou praticado. Inúmeros são os
seres que, ao longo do tempo, vem procurando, de todas as formas, ensinar e ou reeducar que o amor é a razão de
nossa existência, é ele que nos faz partícipes verdadeiros das energias que
movem o cosmos. É através do amor que nos conectamos com o semelhante, com a
natureza, com nós mesmos, e,
especialmente, com os fios
invisíveis que nos ligam com a sensibilidade universal, ou seja, o amor divino.
Ocorre que, é preciso, construir e ou reconstruir as condições que permitem, possibilitam que o amor palpite,
vibre, participe, definitivamente de nossas vidas. As credenciais que abrem as
portas desta decisiva força são muitas, mas, alguns ensaios, exercícios podem
nos oferecer pequenos reflexos dos seus benefícios. O cultivo da gratidão, por
mais um dia de vida, por tudo que nos rodeia, nossos familiares, amigos,
trabalho, natureza, mesmo as dificuldades que nos fazem crescer. Outro decisivo
elemento é o controle dos pensamentos, afastando da mente tudo o que mácula,
nubla a verdadeira percepção dos fatos, assim como a vaidade, o amor próprio a
falsa humildade, o rancor e tantos outros. É preciso, ainda afastar-se da
influência nefasta dos pensamentos alheios, das fofocas, das más noticiais, dos
julgamentos apressados e injustos produzidos pela própria mente, e
especialmente pelos outros. Cuidar da palavra, pois ela é uma força que nos leva para o bem
ou para o mal, provocando, por conta da
lei da causa e efeito, correspondência,
colher, o fruto do que cultivamos. Façamos
o ensaio e, quem sabe, possamos, por alguns instantes, desfrutar deste magnífico e divino sentimento.
segunda-feira, 10 de março de 2014
O que nos diferencia?
Se olharmos às milhares de
fisionomias perdidas na multidão, não importa a região do planeta, a formação,
as crenças, o nível econômico, veremos que,
poucas são as efetivas diferenças. No fundo, buscamos os mesmos
objetivos, temos as mesmas tendências, afinidades, desejos, objetivamos, as mesmas conquistas. Se tivéssemos a
capacidade de nos elevarmos acima de
todos os montes, constataríamos que somos como um grande formigueiro, correndo
para todos os lados, para ao final, buscar abastecer, com o máximo de conforto, o próprio ser e seus afins. Nesta correria,
veríamos que inúmeras formigas vão ficando pelo caminho, enquanto as outras fazem de conta que nada
veem. E quem continua na correria, acredita, cegamente, que é o centro do mundo, que, quando faltar, todo formigueiro sentirá sua falta, que seus
valores, virtudes, acúmulos materiais serão lembrados para sempre como uma
grande obra para a humanidade. Não importa o cargo, o poder econômico, as
influência, todos, no seu íntimo, atribuem-se os melhores conceitos, acreditam
na superioridade sobre o semelhante. Mesmo não alcançando as mesmas conquistas,
apontam nos outros, as razões dos seus fracassos, das suas
tristezas, amarguras, infelicidades. Muito poucos são os que, verdadeiramente,
se detém a analisar, sem pré-conceitos o
que, possuem em valores, virtudes,
defeitos, ou seja, o que de fato é. O natural é se auto atribuir virtudes que
não possuímos, enquanto aos outros são oferecidos os piores conceitos, neles
vemos milhares de defeitos, que os fazem feios, inferiores, não merecedores de
tudo o que acreditamos merecer. Quando não conquistamos, os culpados são os
outros, atribuímos a todos, inclusive a
Deus a responsabilidade pela injustiça
de não nos entregar tudo o que, acreditamos, teríamos o direito de possuir. Assim vivemos,
julgando o semelhante, e forjando um ser interno que não existe. Neste
contexto, àqueles que, detém a capacidade de olhar para dentro, reconhecer suas próprias
carências, dificuldades, defeitos, certamente, serão os que alcançarão êxitos em suas
empreitadas. Já àqueles que confiam na sua própria perícia,
não conseguem, vislumbrar as pedras no
caminho, as miragens que nos enganam, a ignorância que não permite diferenciar
a verdade do erro. Por tudo isso, o que nos faz diferentes é a humildade em
reconhecer as próprias fraquezas, os erros, aprender com eles, buscar não
repetir, saber que nunca somos tão sábios que nada temos para aprender,
tampouco tão ignorantes para ensinar. Assim, quanto mais formos capazes de
conceber a vida como um grande aprendizado, sempre vendo no outro uma
oportunidade de evoluir, reconhecendo seus valores, vendo também os defeitos
apenas para corrigir os próprios, mais nos diferenciaremos uns dos outros.
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