domingo, 30 de março de 2014

Origem e força da palavra



Falar

Incansavelmente sabido,  que um dos maiores poderes que detém a espécie humana é a palavra. Manifestação esta,  somente a nós oferecida. No entanto, como todos os valores mais importantes e preciosos disponíveis nesta magnífica oportunidade que é a vida, a ela não se dá  a importância que merece. Limita-se, a servir de veículo para as mais mesquinhas e desnecessárias manifestações, fruto de pensamentos que cruzam a mente e que sequer sabemos de onde vieram e para onde vão. Na verdade, nos acostumamos a verbalizar, expressar tudo o que nos vem a mente, sem, ao menos, fazer a menor reflexão sobre o que será dito, sua importância, pertinência, momento, consequências, benefícios e malefícios decorrentes. Ao contrário,  se observarmos em nós mesmos e nos semelhantes, facilmente,  constataremos,  que a grande maioria das palavras pronunciadas não tem nenhum conteúdo, importância, seja para quem expressa ou para quem ouve. A quase totalidade das manifestações,  são fruto de pensamentos alheios, fofocas, repetição de acontecimentos, trágicos, sofrimentos de outros, relacionamentos familiares, julgamentos e pré-julgamentos, ataques pessoais, juízos e valores tendenciosos e pré-meditados para ferir, machucar, inculcar conceitos negativos àqueles que, de uma ou outra forma queremos prejudicar. Poucas, raras são as palavras, pensadas, refletidas, produzidas com objetivo altruísta de construir, colaborar, tornar o ambiente mais agradável doce e feliz. Raras são as manifestações que carregam pedaços da própria vida, experiências vividas, aprendizados, cujas expressões,  por serem fruto do saber, procuram evitar sofrimento e ou ensinar a viver. A convivência humana, portanto, uma das maiores prerrogativas de aprendizados,  tornou-se um instrumento de demonstrações de vaidades, julgamentos precipitados, tendenciosos e negativos. Além disso, tem servido para a transmissão de pensamentos que sequer se sabe a origem, mas que,  objetivam, causar temor, sentimentos negativos, sofrimentos, preocupações. Excepcionais são as oportunidades em que a palavra é usada para construir, confortar, orientar com conhecimento de causa, transmitir sentimentos verdadeiros, fragmentos da própria vida. Exceção é o uso da palavra para falar da vida,  seu conceito, do que cada um esta fazendo  para torná-la um exemplo, conhecimentos sobre as próprias entranhas e a partir delas acessar idênticas potências que palpitam na vida universal que nos rodeia, interpenetra e, da qual podemos fazer parte em maior ou menor grau segundo seja a evolução alcançada.

domingo, 23 de março de 2014

Devoradores de energia



 
 Mesmo não dedicado um instante para refletir sobre as próprias energias, fontes, devoradoras, percebemos, diariamente, especialmente, as  grandes debilidades causadas por fatores muitas vezes não percebidos. Naturalmente, uma boa noite de sono, propicia,  que as energias sejam recarregadas, embora não tenhamos a menor consciência de como isso ocorre. Poderiam, muitos, pensar,  que o simples fato de não gastar energias físicas durante o repouso seria a razão que explicaria as baterias recarregadas pela manhã. No entanto, cumpre refletir sobre os grandes devoradores,  para perceber,  que não são eles físicos e sim psicológicos, ou seja, mentais e sensíveis. Basta observar para a atividade desenvolvida por cada um de nós, raramente com exigências de esforço físico,  usamos,  basicamente,  a mente e, mesmo assim, sentimos  a grande destruição de nossas forças. Muitas vezes, já pela manhã, no primeiro embate sentimos que todas as nossas forças desapareceram, nos sentimos esgotados, cansados, sem vontade de continuar as várias lutas que ainda virão. Fácil perceber, então, que os grandes devoradores de nossas energias não são os esforços físicos, ao contrário,  uma atividade de lazer, (futebol, vôlei, tênis) etc,  nos revigora,  de tal forma,  que nos sentimos jovens cheios de energias, pronto para novas batalhas.  É preciso, portanto,  atentar para os grandes devoradores de nossas forças, responsáveis por tantas angústias sofrimentos, redução da capacidade intelectual e até doenças. Dentre os grandes devoradores, destacam-se, os pensamentos, sejam próprios ou alheios, inquistados ou que transitam por nossa mente, deixando um rastro de destruição. Além deles, a palavra é outra grande devoradora, seja a pronunciada que repercutirá, através da lei da  correspondência, em nós mesmos, a mesma energia negativa nela impregnada, bem como aquelas que ouvimos. Assim também em relação a nossos atos e até nos simples olhares que nos produzem julgamentos, observações com grandes reações no mundo interno. Ou seja, somos nós mesmos os responsáveis pela destruição de nossas energias internas, bastando cuidar de nossos pensamentos, palavras, atos, imagens captadas, não produzindo precipitados julgamentos, tampouco proferindo desnecessárias e destrutivas manifestações, ou ainda tomando atitudes que retornarão e debilitarão nossas forças.  


domingo, 16 de março de 2014

Credenciais para a felicidade




 quanto costuma durar um amor romantico intenso

Mesmo os mais céticos, pessimistas, amargurados,  mal humorados, rancorosos, possuem, em seu mundo interno,  uma chama que clama por fazer parte da vida. Trata-se de característica, fragmento,  da vida cósmica e universal que palpita em toda criação, e, que, portanto,  faz parte de nossa constituição. Em que pese sua inquestionável presença, por conta das equivocadas influências oriundas das crenças, pré-conceitos, educação, ao longo de toda civilização, foi sendo aos poucos sufocada no interno de cada um.  Trata-se do sentimento mais nobre e puro que pode experimentar o ser humano,  o qual nos torna divinos, efetivos membros deste magnífico sistema. Falo do amor. O amor que ao longo dos tempos foi tão desvirtuado, confundido com paixões, com os piores sentimentos que levam os homens a tirarem a vida um dos outros, impinge os mais indesejáveis sofrimentos em seu nome. Como ocorre,  com centenas, milhares de conceitos, os interesses, as vaidades, e tantas características negativas, foram,  aos poucos,  moldando, alterando sua essência para torná-la numa simples palavra dita ao vento, a qualquer momento, por circunstâncias banais, sem que, o interno do ser,  tenha qualquer participação no que foi verbalizado ou praticado. Inúmeros são os seres que, ao longo do tempo, vem procurando, de todas as formas,  ensinar e ou reeducar que o amor é a razão de nossa existência, é ele que nos faz partícipes verdadeiros das energias que movem o cosmos. É através do amor que nos conectamos com o semelhante, com a natureza, com nós mesmos, e,  especialmente,  com os fios invisíveis que nos ligam com a sensibilidade universal, ou seja, o amor divino. Ocorre que, é preciso, construir e ou reconstruir as condições  que permitem, possibilitam que o amor palpite, vibre, participe, definitivamente de nossas vidas. As credenciais que abrem as portas desta decisiva força são muitas, mas, alguns ensaios, exercícios podem nos oferecer pequenos reflexos dos seus benefícios. O cultivo da gratidão, por mais um dia de vida, por tudo que nos rodeia, nossos familiares, amigos, trabalho, natureza, mesmo as dificuldades que nos fazem crescer. Outro decisivo elemento é o controle dos pensamentos, afastando da mente tudo o que mácula, nubla a verdadeira percepção dos fatos, assim como a vaidade, o amor próprio a falsa humildade, o rancor e tantos outros. É preciso, ainda afastar-se da influência nefasta dos pensamentos alheios, das fofocas, das más noticiais, dos julgamentos apressados e injustos produzidos pela própria mente, e especialmente pelos outros. Cuidar da palavra,  pois ela é uma força que nos leva para o bem ou para o mal, provocando,  por conta da lei da causa e efeito,  correspondência, colher, o fruto do que cultivamos.  Façamos o ensaio e, quem sabe, possamos, por alguns instantes,  desfrutar deste magnífico e divino sentimento.

segunda-feira, 10 de março de 2014

O que nos diferencia?



 Brasil é um país repleto de diferenças, e a cada dia temos que ...
 Se olharmos às milhares de fisionomias perdidas na multidão, não importa a região do planeta, a formação, as crenças, o nível econômico, veremos que,  poucas são as efetivas diferenças. No fundo, buscamos os mesmos objetivos, temos as mesmas tendências, afinidades, desejos, objetivamos,  as mesmas conquistas. Se tivéssemos a capacidade de  nos elevarmos acima de todos os montes, constataríamos que somos como um grande formigueiro, correndo para todos os lados, para ao final, buscar abastecer,  com o máximo de conforto,  o próprio ser e seus afins. Nesta correria, veríamos que inúmeras formigas vão ficando pelo caminho,  enquanto as outras fazem de conta que nada veem. E quem continua na correria, acredita, cegamente, que é  o centro do mundo, que, quando faltar,  todo formigueiro sentirá sua falta, que seus valores, virtudes, acúmulos materiais serão lembrados para sempre como uma grande obra para a humanidade. Não importa o cargo, o poder econômico, as influência, todos,  no seu íntimo,  atribuem-se os melhores conceitos, acreditam na superioridade sobre o semelhante. Mesmo não alcançando as mesmas conquistas,  apontam nos outros,  as razões dos seus fracassos, das suas tristezas, amarguras, infelicidades. Muito poucos são os que, verdadeiramente, se detém a analisar,  sem pré-conceitos o que,  possuem em valores, virtudes, defeitos, ou seja, o que de fato é. O natural é se auto atribuir virtudes que não possuímos, enquanto aos outros são oferecidos os piores conceitos, neles vemos milhares de defeitos, que os fazem feios, inferiores, não merecedores de tudo o que acreditamos merecer. Quando não conquistamos, os culpados são os outros,  atribuímos a todos, inclusive a Deus  a responsabilidade pela injustiça de não nos entregar tudo o que, acreditamos,  teríamos o direito de possuir. Assim vivemos, julgando o semelhante, e forjando um ser interno que não existe. Neste contexto, àqueles que,  detém  a capacidade  de olhar para dentro, reconhecer suas próprias carências, dificuldades, defeitos, certamente,  serão os que alcançarão êxitos em suas empreitadas.   Já àqueles que confiam na sua própria perícia, não conseguem,  vislumbrar as pedras no caminho, as miragens que nos enganam, a ignorância que não permite diferenciar a verdade do erro. Por tudo isso, o que nos faz diferentes é a humildade em reconhecer as próprias fraquezas, os erros, aprender com eles, buscar não repetir, saber que nunca somos tão sábios que nada temos para aprender, tampouco tão ignorantes para ensinar. Assim, quanto mais formos capazes de conceber a vida como um grande aprendizado, sempre vendo no outro uma oportunidade de evoluir, reconhecendo seus valores, vendo também os defeitos apenas para corrigir os próprios, mais nos diferenciaremos uns dos outros.