Mesmo intuindo que a vida é muito
mais que os limitados alcances do complexo físico. Mesmo com tantos discursos,
propondo religar o homem a outro mundo. Poucos
são os que, de fato, possuem conhecimentos que permitem compreender, conhecer,
sentir e saber da vida espiritual. É que, de longa data, tem nos sido inculcado
que referido mundo deve ser terceirizado, ou seja, que a responsabilidade para
tão transcendente tarefa seria de competência de outros. Por conta disso, fomos
aos poucos nos distanciando da essência, deixando de cultivar os necessários
atributos que permitam estabelecer ligação. Impossível imaginar que a vida é
fruto do acaso. Impossível imaginar que todo esse mecanismo perfeito chamado
cosmos também decorre do nada. Impossível imaginar que a vida humana limita-se
a este pequeno espaço de tempo em que o físico persiste. Impossível explicar
das nossas diferenças, identidades, afinidades e antagonismos sem imaginar algo
além do físico. Impossível compreender de nossas predileções, tendências,
facilidades. Impossível compreender dos sonhos, dos inexplicáveis
acontecimentos, das ligações com nossos semelhantes. Impossível explicar as
sensações de plenitude que experimentamos em alguns momentos, de extensão da vida,
das respostas brilhantes que acessamos, sem pensar na existência de outro mundo. Em
que pese tratar-se de outro mundo, o acesso a ele é tarefa individual. Ocorre
que as chaves para o mundo do espírito estão no mundo interno, somente o próprio ser pode construir as credenciais que
lhe permitem descobrir os segredos. Referidas credenciais são a conduta
meritória, elevando pensamentos e sentimentos, tornando-se um ser melhor, mais
humano, mais Divino. Elevando-se, as portas do mundo transcendente vão se abrindo,
na exata medida em que a compreensão e o merecimento permitem. Recordar, a cada
instante, que a vida física é perecível
e que voltaremos ao mesmo local de onde viemos é um belo começo para cuidar
mais do que restará além da tumba.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
domingo, 25 de novembro de 2012
Existe algo superior
Mesmo duvidando, não conhecendo,
não sabendo ou não sentindo, incontáveis são as demonstrações da existência do
mundo transcendente. Transcendente porque está além dos limitados alcances do
físico ou material. Referido mundo, ao contrário do que se tem inculcado, não é
acessível apenas após a morte, ele pode e deve ser tocado e vivido durante o
percurso da vida. Aliás, o grande
objetivo desta oportunidade, é construir, individualmente, as credenciais para tanto.
Devido a ignorância a este respeito, aproveitadores têm, ao longo da
existência, distanciado, ainda mais o homem de seu criador. É que, como tudo, absolutamente
tudo na criação, acessar este outro mundo depende de construir credenciais.
Assim, para se tornar um bom profissional, é preciso capacitar-se,
ininterruptamente, e quanto maiores forem os conhecimentos, maiores serão os
acertos na aplicação. Do mesmo modo, na boa condução da educação dos filhos, na
convivência, quanto maior o domínio dos elementos que interferem nos mais
variados aspectos, melhores serão os resultados. Ou seja, não existe um único
aspecto de êxito na vida que não esteja diretamente relacionado com a
capacitação, qualificação, construção de credenciais que nos façam merecedores
das conquistas. Neste contexto, inegável que as conquistas possuem uma ligação
direta com as credenciais merecimento, com o esforço na busca da superação.
Atraímos para nossa órbita elementos afins, portanto, desenvolver a
inteligência depende de esforço, de busca, de constância, de superação e, naturalmente, os frutos serão colhidos. Assim
também ocorre com os conhecimentos do mundo transcendente. Jamais penetrará,
conhecerá e saberá dele àquele que não construir em seu mundo interno as
credenciais que o tornem merecedor. Construir credenciais implica na
necessidade de mudar pensamentos e sentimentos, transformando defeitos em
virtudes. O acesso e permanência no mundo das grandes ideias é diretamente
proporcional aos elementos que identificam o mundo próprio com o mundo transcendente.
Assim sendo, como tudo, são os elementos afins que se identificam e permitem
colher os frutos do próprio cultivo acessando e vivendo no mundo transcendente.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Espelhos da vida
A natureza nos oferece todos os
elementos para conhecer, descobrir nossos próprios segredos, bem como todos
àqueles que regulam a vida universal. Todas, absolutamente todas as descobertas
feitas pelos homens ao longo da existência tem origem na observação,
estudos dos movimentos, vidas, energias
que nos rodeiam. Bastaria ao ser humano aprender a interpretar os segredos que
regulam a vida cósmica para dominar os mais inestimáveis conhecimentos.
Analisando e copiando a ciência universal, desenvolveu o homem o espelho,
instrumento que, devido a nossa cultura de avaliar e julgar pelo físico, tem
servido apenas para analisar a figura nele estampada. Ocorre que a figura
refletida no espelho é apenas um débil reflexo daquilo que efetivamente somos.
Independentemente da imagem que nos faz diferentes, o espelho mostra, muito do
que ocorre no mundo interno, refletindo luz segundo os conhecimentos
transcendentes. Reflete, também, a escuridão da amargura, do sofrimento, do
vazio interno oriundos da falta de valores de ordem superiores, àqueles que nos
fazem humanos e nos aproximam de Deus. Assim, inúmeros são os espelhos, os
ângulos que refletem o que somos, seja na vida profissional, familiar, social,
espiritual. Refletimos em cada vida os próprios cultivos, sem, no entanto, dominar
os segredos que permitem encontrar a explicação para as diversas colheitas. Os
reflexos do fracasso financeiro, raramente são avaliados pelo adequado prisma,
ou seja, da falta de capacidade, conhecimentos para compreender os movimentos
que levaram a ruína. Assim, no casamento, embora mostre o espelho o frio da
união, não conseguem os seres descobrir a origem do distanciamento, tampouco
sabem quais os cultivos para melhorar a convivência. E, assim, sucessivamente, em cada movimento um
espelho está a nos mostrar, refletir o que de fato estamos cultivando,
permitindo, por isso, corrigir o percurso, desde que, formos capazes de fazer o
adequado diagnóstico. É preciso aprender com a natureza, ciente de que todo
efeito tem uma causa que pode e deve ser conhecida.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Unindo ou separando...
Em que pese os motivos evidentes
que identificam as razões das uniões e das separações, por conta da ignorância
a respeito inúmeras são as justificativas. De plano, cumpre lembrar, que nada
na vida acontece por acaso, tudo tem causa e mesmo a ignorando não nos
isentamos de seus efeitos. Quando dois seres se aproximam, não importa se atraídos pelo amor ou pela amizade, a força de tal ligação está diretamente
relacionada com o grau de afinidade, identidade de pensamentos e sentimentos.
Ou seja, ao desfrutar dos mesmos gostos, objetivos, tendências, as mentes e os
corações encontram um no outros elementos de afinidade que os atraem. Assim,
quanto maiores forem os elementos de identidade, maior será à força da união,
dos vínculos que vão sendo formados. Inúmeros são os exemplos na natureza a nos
indicar que o que une são as identidades e o que separa são as diferenças.
Assim ocorre com os minerais, vegetais,
animais que são atraídos e se
desenvolvem em áreas, regiões onde
encontram elementos afins. Por conta da ignorância humana comungamos da falácia
que os opostos se atraem, justificando tal falsa premissa em elementos externos
sem nenhuma importância na atração ou repulsão. Como dito, os elos de atração
são oriundos dos elementos afins enquanto os da repulsão decorrem das
divergências, diferenças, antagonismos. Assim sendo, quando mentes e corações
se encontram vão buscando umas nas outras, elementos que se identifiquem, da qualidade e
quantidade destes elementos vão se formando os
vínculos. A força destes vínculos é imensurável emergindo delas
inefáveis sensações de alegria de extensão da vida, unindo e ligando uma ou
várias vidas numa grande rede, a exemplo das famílias, círculos de amizade. No
entanto a manutenção desta grande energia, depende, do cultivo, incessante, dos mesmos ideais. No entanto, com o passar do
tempo vamos nos esquecendo de cultivá-los, alimentá-los, ao contrário vão
surgindo outros atrativos, uns dedicam
toda energia no mundo profissional, outros
passam a nutrir outros propósitos não encontrando mais a identidade que
unia, surgindo então as separações.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Sinais de vida
Mesmo sendo a vida o maior
patrimônio a ser preservado, conhecido e cultivado, pouco ou nada sabemos dela,
tampouco nos empenhamos na busca de respostas.
Prova disso é a ausência de conceito. Se formos questionados, neste
instante, a responder o que é a vida, qual seria a resposta? Muitos diriam que
viver é ser feliz sem se dar conta de que não sabem o que é a felicidade e ou
onde e como encontra-la. Outros responderiam que viver é ter dinheiro, viajar,
sem perceber que cada segundo é um fragmento que esta passando e que não
voltará jamais e que desse aproveitamento é que se constrói a vida. Além disso,
não existe vida sem luta, sem trabalho, superação, pensar o contrário é se
colocar no mesmo lugar dos minerais que permanecem imutáveis ao longo do tempo.
Na verdade, a vida e sua dimensão estão diretamente relacionadas com a capacidade
de estabelecer vínculos, construindo sinais da existência que permanecerão além
da morte. Referidos sinais são construídos primeiro dentro de cada um através
da ligação, registros do vivido.
Registrar o vivido depende de consagração íntima, do pensar e do sentir atuando
em uníssono com a participação da consciência. Assim de nada adianta a mais
cara viagem, o mais importante encontro se os momentos vividos não forem
sentidos no fundo da alma, se não tocarem no íntimo do ser, fazendo vibrar,
perceber, sentir o que está sendo vivido. De nada adiante ter uma bela família
se os momentos vividos não forem capazes de tocar, estender entre seus membros
as mesmas sensações. Passar os dias e as noites sem que fique registrado um
único momento é como se não os tivesse vivido. Portanto, é preciso refletir
sobre a amplitude desta grande oportunidade, daquilo que efetivamente importa
para não reclamar depois do vazio, da dor de não encontrar e não deixar nada,
nenhum sinal, seja no mundo interno seja no externo de que de fato passamos por
esta dimensão.
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