domingo, 24 de março de 2013

Viver num outro mundo




 
 Mesmo amando o cantinho onde vivemos, seja a casa, cidade, campo, comumente,  sonhamos em 
 viver em outros lugares. Quem vive na cidade, imagina o sossego do campo, o calor nos faz desejar a neve, sol a chuva etc. Acreditamos que mudando de ambiente alteramos nosso nível de felicidade, nos sentiremos mais leves, serenos. Inegável que as viagens, férias, nos afastam das lutas diárias relacionadas à vida profissional e, portanto, ficamos mais pacientes, tolerantes. Um ambiente diferente consegue provocar reflexões de outras índoles, respiramos melhor, observamos, sentimos os movimentos da natureza, da vida que  nos rodeia.    No entanto, passado o tempo, automaticamente,  vamos estabelecendo rotinas deixando de perceber aspectos que nos transportavam para outros níveis de consciência. Referidos exemplos,  mostram,  que é possível mudar estados de consciência para viver num mundo menos tumultuado, mais sereno, reflexivo e Feliz. No entanto, a vida num outro mundo não depende de mudar de lugar, de ambiente, de cidade e sim da transformação de estados mentais e sensíveis que nos introduzam em outras esferas de pensamentos. Ou seja,  alterar os níveis de consciência, observando, compreendendo, sentindo, vibrando com as incessantes atividades da vida que nos rodeia, depende,  da construção na mente de um ambiente sereno, elevando propósitos, afastando pensamentos deficiência, de rancor, vaidade, amor próprio, e tantos outros que provocam tempestades mentais. O céu ou o inferno, figuras representativas da  deterioração mental e sensível e ou da elevação, são paradigmas que nos indicam a possibilidade de transcender ingressando no mundo superior e ou de viver no mundo dos maus pensamentos e sentimentos. Depende, exclusivamente de cada um,  escolher o mundo em que quer viver, se no mundo da felicidade onde vibram e palpitam pensamentos e sentimentos de ordem superior ou da amargura onde as lutas diárias não permitem serenar, refletir, compreender e sentir a vida. Lutar, a cada instante,  para superar defeitos,  cultivar bons pensamentos e sentimentos, serenar, observar, ser grato a tudo o que temos e vivemos são,  sem dúvida,  caminhos que nos levam a viver num outro mundo.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Natureza, origem e destino



 
 
Não é por acaso que amamos a água, a chuva. Não é por acaso que o oxigênio purinho da mata nos enche de energia. Não é por acaso que os pés  descalços na terra  virgem carregam as nossas baterias. Não é por acaso que a energia solar é uma importante fonte de nutrição.  É que nossa origem e nosso destino é a natureza, foi dela que viemos e para ela voltaremos. Compreender este complexo mecanismo, portanto,  é uma maneira de saber de nós mesmos. Quem não deseja uma casa na montanha, sem qualquer ruído que não seja do vento, do canto dos pássaros? Quem não deseja uma casa ás margens do lago, do mar, rio só para sentir a brisa, o ruído das águas?  E, quando,  por alguns momentos,  nos aproximamos dela, e conseguimos  nos libertar de nossas tempestades mentais quantas sensações sublimes desfrutamos? É comum vermos gênios de suas profissões abandonarem as  ruidosas selvas de pedras para embrenhar-se nos silêncio dos vales e montanhas. Muitos foram os que, após muito estudar, concluíram que Deus é a própria natureza e que,  conectando-se a ela nos conectamos a Ele. No entanto, não é preciso morar em meio a mata, nas margens do mar, rios ou lagos para sentir os seus  influxos, ela está presente em todos os lugares. O nosso modo de vida é nos distanciou dela e, portando, de nós mesmos. A inconsciência exige que criemos condições especiais, “mentais e sensíveis” para percebê-la. Nosso mecanismo  bio psico espiritual é perfeito,  ele nos permite conectar-se a tudo o que nos rodeia, inclusive e, especialmente,  á natureza, parte de nossa vida carregando e ampliando a vida.  Precisamos, rapidamente,  aprender da vida,  e,  sem dúvida uma bela forma de compreender um pouco melhor este complexo e magnífico mecanismo humano seja conhecer, sentir, perceber os inexoráveis movimentos da natureza estabelecendo conexões com nossa própria origem e destino. 

sábado, 9 de março de 2013

O tempo e a vida





 
 Dentre as  tantas analogias que podem ser feitas sobre a vida, uma das mais contundentes, sem dúvida,  é que tempo é vida. Em que pese a inegável convicção á cerca da analogia, a vida continua passando e pouco ou nada modificamos em nossa maneira de vivê-la. Quando somos crianças, queremos logo ser jovens para ampliar a  suposta liberdade, decidir sobre o que e como fazer, “curtir a vida”. A juventude chega e então passamos a querer logo a formação profissional a conquista da independência financeira, para daí,  então “viver a vida”. Então nos casamos, constituímos uma família, corremos atrás do conforto, da segurança, desejamos e conquistamos uma das maiores preciosidades humanas, “os filhos”. Eles chegam, enchem nossa casa, mas dependem de atenção integral, são frágeis, inseguros, limitam nossa liberdade. Passamos então a desejar que cresçam para podermos recuperar a liberdade que perdemos. O tempo, “vida” passa,  e lá se vão nossas  crianças traçando o mesmo caminho que passamos. A casa volta a ficar vazia, sem choros, chamados de “papai, mamãe”,  e então queremos voltar no tempo. Desejamos que eles voltem a ser crianças só para curtir àquele cheirinho de bebê, o riso fácil, a pureza, doçura. Desejamos que voltem a ser crianças só para tê-los alí, ao nosso lado, sem preocupação com os perigos da vida lá fora. E, assim vamos nós, sempre querendo  mudar a lei do tempo, ou desejando o futuro, ou pretendendo o passado. Se, de fato,  soubéssemos que tempo é vida, tais acontecimentos não ocorreriam pois   teríamos a certeza de que  àquele momento foi vivido com toda intensidade, e que ficou registrado na consciência. No entanto, tal não ocorre, sofremos porque não desfrutamos, como deveríamos,  daquele momento, escassos são os registros, estávamos preocupados com o futuro, e hoje, com o passado.  Quando o ser humano se der conta de que o tempo é vida, o momento será valorizado, vivido em toda intensidade, e já não incorrerá no erro de querer voltar ao passado.

sábado, 2 de março de 2013

Inconsciência e as tragédias da vida




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Há pouco,  lia uma matéria jornalística que contava um dos tantos trágicos acontecimentos que nos atingem incessantemente. Contava a matéria,  que um pai havia esquecido seu pequeno filho (sete meses) dentro do veículo no estacionamento de um supermercado por seis horas seguidas sob uma temperatura de 40º graus. O pai trabalhava no local e, havia se esquecido de deixar o filho com a babá, somente se dando conta ao final do expediente. Embora a busca desesperada com alguns sinais vitais, não foi possível salvar a vida do tesouro. E, assim, instante após instante somos surpreendidos por novas tragédias que poderiam e deveriam ser evitadas, bastaria, apenas, estarmos conscientes. Não tenho a menor dúvida de que não foi só a vida do pequeno que se foi, o próprio pai, enquanto respirar, certamente,  não passará um dia sem sofrer, martirizar-se, culpar-se pela tragédia, diz a matéria que ele era um pai muito amoroso. Como,  então,  esqueceu de seu maior tesouro por seis horas? Como, em momento algum, naquela tarde, recordou de sua preciosidade? Tivesse,  em algum instante,  recordado,  poderia evitar o fim trágico. Não  pretende,  o presente artigo,  atacar o “pobre” pai que não importa a pena imposta pelos homens, carregará,  pelo resto de seus dias a maior de todas as penas a dor da culpa. Busca,  o artigo,  chamar atenção para um aspecto inúmeras vezes citado anteriormente, qual seja, “a inconsciência”. O viver no automático, repetindo,  sempre,  os mesmos comportamentos condutas, rotinas. Certamente, o pai, esteve atento durante toda a tarde, cumpriu suas obrigações profissionais, no entanto, suas consciência não atuou. É que,  consciência é muito mais que atenção, é ter domínio dos fatos, dos acontecimentos, é perceber e compreender os detalhes, inclusive e, especialmente àqueles que acontecem no mundo, interno. É certo que o coração, o espírito deste pai, durante àquela tarde, em muitas oportunidades, chamaram, clamaram por um minuto de consciência mas não encontraram. Por isso sofremos tanto, não sabemos nada da vida.