Se buscarmos, em nossa memória, momentos vividos no passado, por certo, virão
a tela mental, instantes de intensa emoção,
sejam de alegria e felicidade e ou de sofrimento. Independentemente da idade física, todo o tempo vivido em que a mente governou
isoladamente a vida, pouco ou nada
poderá ser resgatado, projetado como se estivéssemos revivendo o momento, ou
seja é como se não tivessem existido. Prova
disso, é a simples tentativa de recordar
o que vivemos ontem, semana passada, e
ou ainda, desafiando-se a buscar, na memória , um único momento por
ano, de cujos detalhes nos lembramos e que nos fazem vibrar, reviver, sentir o
que sentimos naquele instante. Nascemos
nos emocionando, vamos crescendo
envolvidos em momentos intensos de alegria ou de tristeza, ou seja,
estabelecemos ligações mental e sensível com tudo o que envolve a nossa vida.
Vem a adolescência, e, então, começamos assassinar nosso sistema sensível,
procurando controlar os sentimentos, impedindo que atuem. Aos poucos, passamos a usar exclusivamente a mente, nos afastando dos acontecimentos, tratando-os
como meros expectadores, acreditando que, desta forma, demonstramos amadurecimento, crescimento. E
assim é, porque a própria civilização, com o passar do tempo, dedicou-se a
cultivar exclusivamente a mente, deixando de cuidar do coração, sequer
o estudando, compreendendo sua importância e força na vida humana. Talvez por isso, aceitamos que
utilizamos menos de 10% de nossa
capacidade intelectual. Desconhecemos as inteligências da sensibilidade que tem seu endereço no
coração. Confiamos, demasiadamente, na mente, desconfiamos dos sentimentos. Em que pese tais constatações, fácil observar,
e comprovar, que àqueles que mais se emocionam, envolvem-se,
entregam-se de mente e coração em tudo o
que vivem, são seres felizes, que sentem
e mantém registrado os momentos vividos. E, quanto mais vivem, mais aprendem,
pois os exemplos ensinaram o que, de fato é
importante na vida. Deixar a emoção tomar conta é elevar-se acima dos
limites impostos pela insensível mente, é penetrar em um outro mundo onde palpitam as fibras
ultra sensíveis da criação, é chegar
mais perto de Deus.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
O que é o amor?
Muito se fala do amor, do que se faz ou fez em
nome dele, de seu poder, força, das
transformações que ele pode causar na vida humana. Em que pese tratar-se de tema comum, abordado, manifestado, estudado e conceituado
desde que passamos a existir como humanos,
do mesmo modo que ocorre com tantos conceitos correntes, o amor também
mereceu total desvirtuamento de seu verdadeiro sentido. Em nome do amor
cometeu-se e continuam sendo cometidas as
maiores barbáries. Humanos tiram a vida de humanos em nome do amor. Maltratam, mutilam,
restringem direitos mínimos em nome do amor. Chegam ao ponto de assegurar
que em nome do amor divino, sacrifícios, torturas, mortes foram e ou são
necessárias. Diante de tantos equívocos, o conceito do que há de mais puro na criação,
perdeu seu sentido verdadeiro.
Normalmente, ele é lembrado,
ligado as manifestações das paixões,
movidas por outras forças que não emergem do coração e sim do instinto. A
atração física, os desejos são definidos como amor, no entanto, logo se transformam em ódio, ou seja, o que há de mais puro na
existência se transforma no mais impuro. De fato, não é tarefa simples conceituar um sentimento,
no caso, o sentimento mais nobre que
pode cultivar o ser humano. No entanto é possível assegurar que ele não quer o
mal, não pretende nunca causar
sofrimento , não deseja vantagem alguma. Do mesmo modo, não se transforma em ódio uma das mais baixas
manifestações humanas que não encontra amparo no coração. Nesta difícil tarefa
de conceituar o verdadeiro amor, penso que referido sentimento é
encontrado na mãe que recebe em seus
braços fruto de sua própria vida, assim
também no amor filial, paternal. Não
significa, com isso, que não existe ele, na união de dois seres, no entanto,
por conta das deficiências individuais, a construção do citado
sentimento é fruto de cultivo, por ambos, de elevados anelos de vida. O amor é pureza
não se manifesta quando qualquer pensamento impuro faça parte do ser, exige
consagração íntegra.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
O sentimento que nos faz divinos
Se, fomos criados a imagem e
semelhança de Deus, por óbvio, possuímos
em cada um, idênticos poderes,
prerrogativas, possibilidades. Por óbvio também, que Deus
possui uma parte humana que nos compete descobrir e conhecer. Ocorre que,
referidas possibilidades, não ser realizam com o simples desejo, é
preciso construir, dentro de cada um, as credenciais que nos façam merecedores de descobrir os grandes enigmas da vida. Este mundo superior, onde vibra e palpita a mente universal, “ o
pensamento divino”, só é acessível
àqueles que cultivarem em seu
interno, elementos de idêntica
hierarquia. Ou seja, como nada nesta criação ocorre por acaso, muito menos
seria crível que, acessar e conhecer o
mundo do pensamento divino seria tarefa
fácil, que bastaria repetir uma série de
palavras, fazer e repetir rituais,
oferecer pouco ou muito do material que conquistamos, e, como num passe
de mágica, alcançaríamos a “graça”.
Definitivamente não, basta observar os milhares de exemplos que emergem da
natureza, da convivência com o
semelhante, para comprovar que são as afinidades, identidades que
proporcionam a aproximação. Assim, os
conhecimentos profissionais dependem do esforço do empenho, da dedicação, e,
quanto maior for a busca e os esforços despendidos, maior será a sabedoria,
compreensão de como se movem os mecanismos que tendem para um lado ou para
outro. Ou seja, atraímos para nossa órbita pensamentos, sabedorias, segundo
seja o querer e busca interna. Do mesmo modo, para se
aproximar, penetrar e sentir as vibrações da órbita divina, é necessário
que o mundo interno do ser, ou seja,
seus pensamentos e sentimentos, sua consciência, tenham cumprido a tarefa de limpar, afastar
todo pensamento ou sentimento que não se coadune com o divino. Limpos os
rincões, naturalmente, irão aflorando, sendo construídos, conhecimentos de outra hierarquia, que nos fazem sentir e viver de outra
maneira. Este sentir é o amor, que nos
faz compreender o que somos de onde viemos e prá onde vamos. Assim o cultivo do
amor nos aproxima, por afinidade, ao mundo divino, e, portanto, nos faz divinos.
domingo, 20 de outubro de 2013
Viver, viver, viver...
Já dizia um grande pensador “penso, logo existo”. Certamente, cada um
de nós, não tem a menor dúvida de que,
de fato, existimos, ou seja, fazemos
parte desta existência. No entanto, poucos são os que se detém a pensar no que consistiria
este existir, tem ele alguma razão
especial? Em que nos diferimos? Até
quando perdura? Como fazer para ampliá-lo?
Mesmo intuindo que a vida não pode se limitar a este pequeno espaço de
tempo que medeia o nascimento e a morte;
Mesmo intuindo que não seria
justo nem aceitável idênticos destinos
para distintas realizações; raramente
nos dispomos a refletir, estudar, buscar saber como e o que fazer para que este
existir seja, de fato, proveitoso, que
deixe marcas, que não se vá com a morte,
que mantenha, a cada dia, o prazer de
viver. Muitos foram e continuam sendo os enganos inculcados, especialmente, daqueles que apregoam que o destino individual já esta traçado e que, portanto, não temos
nenhuma responsabilidade sobre nossa própria vida. Tudo seria obra de um prévio
planejamento pessoal, concedendo á
alguns, poderes especiais, sabedoria,
êxitos profissionais, familiares, afetivos, econômicos, e, a outros, as
derrotas, sofrimentos. Os mesmos que tem inculcado referidos disparates são
àqueles que depois, exploram a
ignorância humana se auto atribuindo “enviados
divinos”. Não existe a menor possibilidade do criador, ter atribuído a alguns, dons especiais, compelindo aos demais a pedir,
pagar para merecer benesses. Detemos, todos os mesmos atributos, inclusive
divinos, basta querer e cultivar os necessários atributos para alcançar os mais
elevados graus na hierarquia deste existir.
Quanto maior for a consciência deste viver, maiores serão as realizações, ampliando e conectando-se com toda criação que
é a existência. Portanto, viver é estar
consciente, perceber, observar, refletir, sentir e compreender todos os
movimentos, sejam internos ou externos,
e, assim conhecer e forjar a
existência individual, que continuará após a morte a produzir luz ou escuridão
segundo sejam as realizações pessoais.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Causas dos comportamentos
Independentemente da idade
física, poucos são os seres que
conseguem identificar as causas de seus comportamentos. Raro também, a capacidade de explicar os mais variados
estados mentais que nos acometem diariamente, instantes de alegria, outros de
tristeza, nostalgia. Comum encontrar seres amargurados, tristes, cujas características se tornam um padrão
comportamental, sem que se detenha o ser, a tentar, diagnosticar as causas do estado que lhe
acomete. Como dito e reiterado, neste
perfeito sistema cósmico em que vivemos, nada ocorre por acaso, tudo tem uma
causa que pode e deve ser descoberta. Por esta razão somos dotados de
inteligência, cujos alcances sequer conhecemos, mas que, devidamente nutrida
com os adequados elementos, permite descobrir os segredos mais escondidos. Por óbvio, se a inteligência nos possibilita saber todos
os segredos da criação, certamente, nos proporciona a condição de descobrir tudo o
que ocorre em nosso mundo interno, e, assim, sabendo como se movem as
engrenagens internas, compreender as
razões de nossos sofrimentos, angústias, amor ou ódio, fracasso ou sucesso, alegrias
ou tristezas. No caso do presente artigo, pretendo chamar atenção para o
mecanismo responsável por nossos comportamentos. Refiro-me aos pensamentos. Os
pensamentos são os agentes naturais da natureza humana, eles ditam nossos
estados, modalidades, características. Além disso, são capazes de andar de mente em mente, sem
que nos demos conta a quem pertence,
causando-nos, não raras vezes, muitos dissabores. Depois do estrago realizado desaparece ele
sem que consigamos explicar porque agimos desta ou daquela forma,
carregando, o fardo de um comportamento, que, conhecedores das
perspicácias deste mecanismo, certamente, poderíamos evitar, e, evidentemente acertar muito mais.
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