quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Viver é emocionar-se



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 Se buscarmos,  em nossa memória,  momentos vividos no passado, por certo, virão a tela mental, instantes de intensa emoção,  sejam de alegria e felicidade e ou de sofrimento.  Independentemente da idade física,  todo o tempo vivido em que a mente governou isoladamente a vida,  pouco ou nada poderá ser resgatado, projetado como se estivéssemos revivendo o momento, ou seja é como se não tivessem existido.  Prova disso,  é a simples tentativa de recordar o que vivemos ontem, semana passada,  e ou ainda,  desafiando-se  a buscar, na memória , um único momento por ano, de cujos detalhes nos lembramos e que nos fazem vibrar, reviver, sentir o que sentimos naquele instante.  Nascemos nos emocionando, vamos  crescendo envolvidos em momentos intensos de alegria ou de tristeza, ou seja, estabelecemos ligações mental e sensível com tudo o que envolve a nossa vida. Vem a adolescência,  e,  então,  começamos assassinar nosso sistema sensível, procurando controlar  os sentimentos,  impedindo que atuem. Aos poucos,  passamos a usar exclusivamente a mente,  nos afastando dos acontecimentos, tratando-os como meros expectadores, acreditando que, desta forma,  demonstramos amadurecimento, crescimento. E assim é, porque a própria civilização, com o passar do tempo, dedicou-se a cultivar exclusivamente a mente, deixando de cuidar do coração,  sequer  o  estudando, compreendendo  sua importância e força na vida humana.  Talvez por isso, aceitamos que utilizamos  menos de 10% de nossa capacidade intelectual. Desconhecemos as inteligências  da sensibilidade que tem seu endereço no coração. Confiamos,  demasiadamente,  na mente, desconfiamos dos sentimentos.  Em que pese tais constatações, fácil observar,  e comprovar,  que àqueles que mais se emocionam, envolvem-se, entregam-se  de mente e coração em tudo o que vivem,  são seres felizes, que sentem e mantém registrado os momentos vividos. E, quanto mais vivem, mais aprendem, pois os exemplos ensinaram o que, de fato é  importante na vida. Deixar a emoção tomar conta é elevar-se acima dos limites impostos pela insensível mente, é penetrar  em um outro mundo onde palpitam as fibras ultra sensíveis da criação,  é chegar mais perto de Deus.

domingo, 27 de outubro de 2013

O que é o amor?



 
 Muito se fala do amor, do que se faz ou fez em nome dele, de seu poder, força,  das transformações que ele pode causar na vida humana. Em que pese  tratar-se de tema comum,  abordado, manifestado, estudado e conceituado desde que passamos a existir como humanos,  do mesmo modo que ocorre com tantos conceitos correntes, o amor também mereceu total desvirtuamento de seu verdadeiro sentido. Em nome do amor cometeu-se e continuam sendo cometidas as  maiores barbáries. Humanos tiram a vida de humanos  em nome do amor. Maltratam, mutilam, restringem direitos mínimos em nome do amor. Chegam ao ponto de assegurar que  em nome do amor divino,   sacrifícios, torturas, mortes foram e ou são necessárias. Diante de tantos equívocos,  o conceito do que há de mais puro na criação, perdeu seu sentido verdadeiro.  Normalmente,  ele é lembrado, ligado as manifestações  das paixões, movidas por outras forças que não emergem do coração e sim do instinto. A atração física, os desejos são definidos como amor, no entanto,  logo se transformam  em ódio, ou seja, o que há de mais puro na existência se transforma no mais impuro. De fato,  não é tarefa simples conceituar um sentimento, no caso,  o sentimento mais nobre que pode cultivar o ser humano. No entanto é possível assegurar que ele não quer o mal, não pretende nunca causar  sofrimento , não deseja vantagem alguma. Do mesmo modo,   não se transforma em ódio uma das mais baixas manifestações humanas que não encontra amparo no coração. Nesta difícil tarefa de conceituar o verdadeiro amor, penso que referido sentimento é encontrado  na mãe que recebe em seus braços  fruto de sua própria vida, assim também no amor filial, paternal.  Não significa,  com isso,  que não existe ele,   na união de dois seres,  no entanto,  por conta das deficiências individuais, a construção do citado sentimento é fruto de cultivo, por ambos,  de elevados anelos de vida. O amor é pureza não se manifesta quando qualquer pensamento impuro faça parte do ser, exige consagração íntegra.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O sentimento que nos faz divinos



 Se, fomos criados a imagem e semelhança de Deus, por óbvio,  possuímos em cada um,  idênticos poderes, prerrogativas, possibilidades. Por óbvio também,  que Deus  possui uma parte humana que nos compete descobrir e conhecer. Ocorre que,  referidas possibilidades,  não ser realizam com o simples desejo, é preciso construir, dentro de cada um,  as   credenciais que nos façam merecedores de descobrir os grandes enigmas da vida.  Este mundo superior,  onde vibra e palpita a mente universal, “ o pensamento divino”,  só é acessível àqueles  que cultivarem em seu interno,  elementos de idêntica hierarquia. Ou seja, como nada nesta criação ocorre por acaso, muito menos seria crível que,  acessar e conhecer o mundo do pensamento divino  seria tarefa fácil,  que bastaria repetir uma série de palavras, fazer e repetir rituais,  oferecer pouco ou muito do material que conquistamos, e, como num passe de mágica,  alcançaríamos a “graça”. Definitivamente não, basta observar os milhares de exemplos que emergem da natureza,  da convivência com o semelhante,  para comprovar que  são as afinidades, identidades que proporcionam a aproximação.  Assim, os conhecimentos profissionais dependem do esforço do empenho, da dedicação, e, quanto maior for a busca e os esforços despendidos, maior será a sabedoria, compreensão de como se movem os mecanismos que tendem para um lado ou para outro. Ou seja, atraímos para nossa órbita pensamentos, sabedorias, segundo seja o querer e busca interna. Do mesmo modo,  para  se aproximar, penetrar e sentir as vibrações da órbita divina, é necessário que  o mundo interno do ser, ou seja, seus pensamentos e sentimentos, sua consciência,  tenham cumprido a tarefa de limpar, afastar todo pensamento ou sentimento que não se coadune com o divino. Limpos os rincões,  naturalmente,  irão aflorando, sendo construídos,  conhecimentos de outra hierarquia,  que nos fazem sentir e viver de outra maneira.  Este sentir é o amor, que nos faz compreender o que somos de onde viemos e prá onde vamos. Assim o cultivo do amor  nos aproxima, por afinidade,  ao mundo divino, e, portanto,  nos faz divinos.

domingo, 20 de outubro de 2013

Viver, viver, viver...



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Já dizia um grande pensador “penso, logo existo”. Certamente, cada um de nós,  não tem a menor dúvida de que, de fato,  existimos, ou seja, fazemos parte desta existência. No entanto, poucos são os que se detém a pensar no que consistiria este existir,  tem ele alguma razão especial?  Em que nos diferimos? Até quando perdura? Como fazer para ampliá-lo?  Mesmo intuindo que a vida não pode se limitar a este pequeno espaço de tempo que medeia o nascimento e a morte;  Mesmo intuindo que  não seria justo nem aceitável  idênticos destinos para distintas realizações;  raramente nos dispomos a refletir, estudar, buscar saber como e o que fazer para que este existir seja, de fato,  proveitoso, que deixe marcas,  que não se vá com a morte, que mantenha, a cada dia,  o prazer de viver. Muitos foram e continuam sendo os enganos inculcados,  especialmente,  daqueles que apregoam  que o destino individual  já esta traçado e que, portanto, não temos nenhuma responsabilidade sobre nossa própria vida. Tudo seria obra de um prévio planejamento pessoal,  concedendo á alguns, poderes especiais,  sabedoria, êxitos profissionais, familiares, afetivos, econômicos, e, a outros, as derrotas, sofrimentos. Os mesmos que tem inculcado referidos disparates são àqueles que depois,  exploram a ignorância humana  se auto atribuindo “enviados divinos”. Não existe a menor possibilidade do criador,  ter atribuído a alguns,  dons especiais, compelindo aos demais a pedir, pagar para merecer benesses. Detemos, todos os mesmos atributos, inclusive divinos, basta querer e cultivar os necessários atributos para alcançar os mais elevados graus na hierarquia deste existir.  Quanto maior for a consciência deste viver,  maiores serão as realizações,  ampliando e conectando-se com toda criação que é a  existência. Portanto, viver é estar consciente, perceber, observar, refletir, sentir e compreender todos os movimentos, sejam internos ou externos,  e, assim conhecer e forjar  a existência individual, que continuará após a morte a produzir luz ou escuridão segundo sejam as realizações pessoais.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Causas dos comportamentos



 
 Independentemente da idade física,  poucos são os seres que conseguem identificar as causas de seus comportamentos. Raro também,  a capacidade de explicar os mais variados estados mentais que nos acometem diariamente, instantes de alegria, outros de tristeza, nostalgia. Comum encontrar seres amargurados, tristes,  cujas características se tornam um padrão comportamental,  sem que se detenha o ser,  a  tentar,  diagnosticar as causas do estado que lhe acomete. Como dito e reiterado,  neste perfeito sistema cósmico em que vivemos, nada ocorre por acaso, tudo tem uma causa que pode e deve ser descoberta. Por esta razão somos dotados de inteligência, cujos alcances sequer conhecemos, mas que, devidamente nutrida com os adequados elementos, permite descobrir os segredos mais  escondidos. Por óbvio,  se a inteligência nos possibilita saber todos os segredos da criação,  certamente,  nos proporciona a condição de descobrir tudo o que ocorre em nosso mundo interno, e, assim, sabendo como se movem as engrenagens internas,  compreender as razões de nossos sofrimentos, angústias, amor ou ódio, fracasso ou sucesso, alegrias ou tristezas. No caso do presente artigo, pretendo chamar atenção para o mecanismo responsável por nossos comportamentos. Refiro-me aos pensamentos. Os pensamentos são os agentes naturais da natureza humana, eles ditam nossos estados, modalidades, características. Além disso,  são capazes de andar de mente em mente, sem que nos demos conta a quem pertence,  causando-nos, não raras vezes, muitos dissabores.  Depois do estrago realizado desaparece ele sem que consigamos explicar porque agimos desta ou daquela forma, carregando,  o fardo de  um comportamento, que, conhecedores das perspicácias deste mecanismo, certamente,  poderíamos evitar,  e, evidentemente  acertar muito mais.