domingo, 28 de julho de 2013

O tempo



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Vivemos correndo, sempre premidos por alguma necessidade urgente, atrasados,  pretendendo ampliar as horas do dia para que possamos concluir todas as atividades que acreditamos,  deveríamos fazer. No entanto, se analisarmos atentamente  o que fazemos com cada segundo,  minuto,  será fácil compreender que desperdiçamos muito do tempo com a mente  perdida em mil pensamentos inúteis e desnecessários.  Desde já,  fica o convite,  ao caro leitor para que preste atenção,  por apenas alguns minutos,  nos movimentos que irão interferir na sua mente, verá, sem sombra de dúvidas,  que num curtíssimo espaço de tempo, irão passar por ela muitos pensamentos inúteis, sem qualquer relação com as necessidades que precisam ser supridas. Por outro lado,  se a observação abranger um maior espaço de tempo, de uma hora ou um dia,  veremos  que corremos muito em alguns minutos para depois dedicar longos espaços no ócio, matando o tempo ou gastando com coisas desnecessárias que em nada irão contribuir para a solução das necessidades úteis e importantes do dia.  Ou seja, corremos muito por alguns instantes para, logo em seguida dedicarmos longos espaços matando tempo, desperdiçando e ou realizando atividades sem nenhuma utilidade para a vida. E assim concluímos o dia sem que nada fique registrado, é como se não tivéssemos vivido, restando apenas por alguns instantes  as recordações das tarefas triviais e rotineiras que logo desaparecerão da mente para nunca mais serem recordadas.  A vida não pode se limitar a essa correria desenfreada da qual nada fica registrado, passando as horas, os dias, os meses e os anos sempre repetindo os mesmos movimentos de pressa, deixando que se vá,  para ao final  lamentar que as coisas mais importantes foram abandonadas  para viver a falsa  pressão do tempo, pois veremos que o tempo se amplia quando é bem aproveitado.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A personalidade e seus danos



 Nascemos livres,  com páginas para serem escritas segundo a vontade de seu editor. No início, este editor,  não domina, não conhece as artimanhas do mundo adulto, e desfruta de inteira liberdade para estabelecer contatos com tudo o que rodeia e, assim escrever sua história. Assim,  começa a conhecer o cheiro da terra, o frio das gotas de chuva, o calor do sol os obstáculos e perigos que a vida nos oferece. Por conta desta liberdade,  a mente e o coração estão livres da maldade, do engano, o editor é verdadeiro,  manifesta o que pensa, chora e ri segundo sejam os movimentos internos que experimenta. O abraço, o beijo,  são espontâneos fruto dos impulsos oriundos dos verdadeiros pensamentos e sentimentos cultivados. No entanto,  assim que o editor vai se desenvolvendo, vai aprendendo, através de seus mestres, pais, professores, etc,  que não pode externar tudo o que pensa e sente sobre tudo o que vive, experimenta, ao contrário,   que deve ser agradável, amável, desculpar,  ou seja construir um tipo que demonstre boas qualidades. Por outro lado, outros, cultivadores de pensamentos diversos, ensinam a retribuir,  na mesma moeda, a mostrar,  tanto a força física quanto a verbal, impondo sua vontade independentemente das repercussões.  Obviamente,  que as páginas dos dois livros vão recebendo diferentes registros, um mais agradável, suave, tolerante, compreensivo e grato e outro, mais amargo,  agressivo,  intolerante,  impaciente. Por ignorância, tal linha comportamental é chamada de personalidade, como algo próprio que não pode ser modificado. Na verdade,  esta grande oportunidade que é a vida nos ensina que o editor deve buscar a individualidade, ou seja, tornar-se íntegro, dominador de seus impulsos negativos,  consciente da forma adequada de portar-se em cada uma das situações que a vida lhe apresenta. O bom editor (indivíduo)   é àquele que extrai do que está vivendo o máximo, utilizando tais elementos para construir um ser melhor, mais inteligente. Por outro lado o mau editor “personalidade”,  não detém nenhuma preocupação com os registros de sua história em sim com a satisfação de suas impregnadas deficiências.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A estrela que brilha



 
 Sem dúvida, independente da vida que levamos, pretendemos que nossa estrela brilhe, que espalhe luz pelos caminhos por onde andamos. È comum alguns, em certos momentos, sentirem o influxo desta luz, e, permanecerem por longos períodos como se ela não brilhasse. Muitos são os que sofrem porque acreditam que não contém essa força capaz de transformar tanto o mundo interno quanto o externo. Como em todos os enganos que cometemos na vida,  a luz que brilha ou a escuridão que nos acompanha é fruto da sabedoria ou da ignorância. O brilho da estrela é fruto dos acertos,  das condutas adequadas,  corretas, do bom procedimento e, especialmente,  da energia que emerge do  mundo interno e nos  conduz pelo caminho do bem, transformando e mudando os caminhos por onde passamos. A luz que brilha não é aquela do externo, representada pelas belas vestes douradas ou até pela quase inexistência delas, não, esta é efêmera e somente durará o tempo em que a própria ilusão permitir. A luz que nos faz feliz, que ilumina o próprio caminho e os demais esta situada nas profundezas do ser. Precisamos descobri-la,  cultivá-la, dando-lhe os elementos que a fazem brilhar, a força desta energia está diretamente ligada com a qualidade e quantidade de alimento fornecido. O alimento que faz a luz brilhar é o saber, não àquele que oprime, que é fruto da vaidade e do amor próprio senão  dos conhecimentos transcendentes que nos fazem seres melhores, com objetivos altruístas, sempre pensando em fazer com  que os outros e o mundo seja melhor e mais feliz.

domingo, 7 de julho de 2013

As encruzilhadas da vida



 
 Se pararmos para pensar na caminhada até aqui percorrida, veremos,  que inúmeras foram as encruzilhadas que encontramos, momentos em que tivemos que optar por um ou outro caminho. As escolhas que fizemos naqueles momentos foram as responsáveis pela condução da vida até este momento. Seria muito cômodo e fácil atribuir tais escolhas ao acaso, como se não tivéssemos nenhuma responsabilidade sobre elas  ou ainda se nenhuma força interferiu no momento nos guiando para um ou outro caminho. Um dia desses que tornamos especiais porque exercitamos em maior grau a consciência, atentando para os movimentos que ocorrem no mundo externo e,  especialmente,  no interno, refleti,  sobre tais caminhos e conclui, que, sem sombra de  dúvidas, as escolhas não foram fruto do acaso tampouco da consciência. Constatei que forças, energias me impulsionaram, me conduziram para determinados rumos,  oportunizando, transformando minha vida. Lembrei da primeira grande escolha, sair de casa com 09 anos de idade para estudar, deixando pais e irmãos, quando na época o normal, natural,  era permanecer colaborando na agricultura,  foi o que fizeram quase todos meus amigos e familiares. Os caminhos continuavam se cruzando, oportunizando desistir dos estudos, viver uma vida comum a todos os familiares, no entanto, algo impulsionava e a escolha se dirigia para a busca da evolução. Surgem os movimentos do coração,  e, mais uma vez a oportunidade de ficar perto ou seguir o rumo do saber. Já ultrapassando a metade do caminho da faculdade, um vazio me cobrava, dizendo que àquele não era o  caminho, e então, de um momento para outro,  a vida se transforma com outra escolha de outra profissão. Sem planejar surge a encruzilhada da família, onde aprendi a ser pai, marido e filho. Posso afirmar,  com certeza,  de que existe uma grande força que nos guia, no entanto,  necessitamos aprender a ouvi-la, e certamente os frutos serão maravilhosos, foi ela que me guiou e me oportunizou o que sou, é o meu próprio espirito.