Incansavelmente sabido, que um dos maiores poderes que detém a espécie
humana é a palavra. Manifestação esta,
somente a nós oferecida. No entanto, como todos os valores mais
importantes e preciosos disponíveis nesta magnífica oportunidade que é a vida,
a ela não se dá a importância que merece.
Limita-se, a servir de veículo para as mais mesquinhas e desnecessárias
manifestações, fruto de pensamentos que cruzam a mente e que sequer sabemos de
onde vieram e para onde vão. Na verdade, nos acostumamos a verbalizar,
expressar tudo o que nos vem a mente, sem, ao menos, fazer a menor reflexão
sobre o que será dito, sua importância, pertinência, momento, consequências,
benefícios e malefícios decorrentes. Ao contrário, se observarmos em nós mesmos e nos
semelhantes, facilmente, constataremos, que a grande maioria das palavras pronunciadas
não tem nenhum conteúdo, importância, seja para quem expressa ou para quem
ouve. A quase totalidade das manifestações, são fruto de pensamentos alheios, fofocas,
repetição de acontecimentos, trágicos, sofrimentos de outros, relacionamentos
familiares, julgamentos e pré-julgamentos, ataques pessoais, juízos e valores
tendenciosos e pré-meditados para ferir, machucar, inculcar conceitos negativos
àqueles que, de uma ou outra forma queremos prejudicar. Poucas, raras são as
palavras, pensadas, refletidas, produzidas com objetivo altruísta de construir,
colaborar, tornar o ambiente mais agradável doce e feliz. Raras são as
manifestações que carregam pedaços da própria vida, experiências vividas,
aprendizados, cujas expressões, por
serem fruto do saber, procuram evitar sofrimento e ou ensinar a viver. A
convivência humana, portanto, uma das maiores prerrogativas de aprendizados, tornou-se um instrumento de demonstrações de
vaidades, julgamentos precipitados, tendenciosos e negativos. Além disso, tem
servido para a transmissão de pensamentos que sequer se sabe a origem, mas que,
objetivam, causar temor, sentimentos
negativos, sofrimentos, preocupações. Excepcionais são as oportunidades em que
a palavra é usada para construir, confortar, orientar com conhecimento de
causa, transmitir sentimentos verdadeiros, fragmentos da própria vida. Exceção
é o uso da palavra para falar da vida,
seu conceito, do que cada um esta fazendo para torná-la um exemplo, conhecimentos sobre
as próprias entranhas e a partir delas acessar idênticas potências que palpitam
na vida universal que nos rodeia, interpenetra e, da qual podemos fazer parte
em maior ou menor grau segundo seja a evolução alcançada.
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